Ações terapêuticas.
Anti-inflamatório, analgésico,
antipirético.
Propriedades.
É um anti-inflamatório não-esteroide,
que inibe a enzima cicloxigenase; origina uma diminuição da formação de
precursores das prostaglandinas e dos tromboxanos a partir do ácido
araquidônico. Absorve-se por via oral de forma rápida, mas os alimentos
diminuem a velocidade de absorção. Sua união às proteínas plasmáticas é muito
alta (98%) e metaboliza-se no fígado. O tempo até alcançar seu efeito máximo é
de 1 a 2 horas. Inibe de maneira reversível a agregação plaquetária, mas menos
que o ácido acetilsalicílico. A recuperação da função plaquetária é produzida
no prazo de 1 dia após a suspensão do tratamento.
Indicações.
Processos inflamatórios e dolorosos,
agudos e crônicos, de tecidos moles. Osteoartrite. Artrite reumatoide.
Dismenorreia.
Posologia.
Adultos, dose usual como
antirreumático, 300 a 800 mg por via oral 3 ou 4 vezes ao dia; como analgésico,
antipirético ou antidismenorreico, 200 a 400 mg por via oral a cada 4 ou 6
horas, conforme necessidade. A prescrição usual limite é de 3.200 mg.
Reações adversas.
Epigastralgia, pirose, diarreia,
distensão abdominal, náuseas, vômitos, cólicas abdominais, constipação.
Tonturas, erupção, prurido, tinnitus, diminuição do apetite, edema,
neutropenia, agranulocitose, anemia aplásica, trombocitopenia, sangue oculto
nas fezes.
Precauções.
Deve-se ministrar com cuidado em
pacientes com hemofilia ou outros problemas hemorrágicos, já que aumenta o
risco de hemorragias por inibição da agregação plaquetária; pode provocar
ulceração ou hemorragias gastrintestinais. Seu uso na presença de úlcera
péptica, colite ulcerosa ou doenças do trato gastrintestinal superior ativa
pode aumentar o risco de efeitos colaterais gastrintestinais ou efeitos
ulcerosos. Os pacientes geriátricos são mais propensos a desenvolver toxicidade
gastrintestinal, hepática e renal. No tratamento da artrite, a melhora pode ser
produzida em um prazo de 7 dias, mas para conseguir a máxima eficácia podem ser
necessárias de 1 a 2 semanas de uso contínuo.
Interações.
O uso simultâneo com paracetamol pode
aumentar o risco de efeitos renais adversos. A administração junto a
corticoides ou álcool aumenta o risco de efeitos gastrintestinais colaterais. O
uso junto a hipoglicemiantes orais ou insulina pode aumentar o efeito
hipoglicêmico destes, já que as prostaglandinas estão implicadas de forma
direta nos mecanismos de regulagem do metabolismo da glicose, e possivelmente
devido ao deslocamento dos hipoglicemiantes orais das proteínas séricas. A
associação com probenecida pode diminuir sua excreção e aumentar a concentração
sérica, potencializando sua eficácia ou aumentando o potencial de toxicidade.
Contraindicações.
Hipersensibilidade à droga, síndrome
de pólipos nasais, angioedema ou broncospasmo diante do ácido acetilsalicílico
ou outros AINE.