Ações terapêuticas.
Antibiótico. Antineoplásico.
Propriedades.
Análogo da daunorrubicina que age como
agente de intercalação, inibe a síntese de ácidos nucleicos e interage com a
enzima topoisomerase II. A ausência de um grupo metoxi na estrutura da idarrubicina
outorga-lhe uma grande lipofilicidade, razão pela qual penetra e se acumula
rapidamente no interior das células. É principalmente eliminada pela bile e em
menor proporção pelo rim. Meia-vida plasmática: 22 horas (faixa de 4 a 46
horas). Seu metabólito ativo, o idarrubicinol (meia-vida 45 horas), atravessa a
barreira hematoencefálica, embora se desconheça a relevância clínica deste
fato.
Indicações.
Em combinação com outros
antineoplásicos na leucemia aguda (LMA) em adultos. Câncer de mama.
Posologia.
12 mg/m 2/dia durante 3
dias em infusão intravenosa lenta (em 10 ou 15 minutos), em cada etapa de
tratamento.
Superdosagem.
Não se conhecem antídotos. Foram
reportadas mortes por superdose. O tratamento deve ser sintomático, e incluir
antibióticos e transfusão de plaquetas. A eficácia da diálise parece ser
duvidosa nesses casos.
Reações adversas.
Infecções oportunistas (pela
mielossupressão), náuseas, vômitos, alopecia, cãibras abdominais, diarreias,
mucosite, dermatite, febre, cefaleia, alterações cardíacas (fibrilação
auricular, infarto de miocárdio, pré-cordialgia), confusão mental.
Precauções.
A idarrubicina é um potente supressor
da medula óssea. Realizar monitoramento hepático e renal nos pacientes
tratados. Seu extravasamento durante a infusão pode provocar necrose tissular.
Por não existirem provas conclusivas, recomenda-se não utilizar em mulheres
grávidas, a menos que o benefício para a mãe supere o risco potencial para o
feto. A lactação deve ser suspensa se a mãe receber o fármaco. A segurança e a
eficácia do fármaco em crianças não foram estabecidas.