Ações terapêuticas.
Antibiótico. Cefalosporina de terceira
geração.
Propriedades.
Antibiótico bactericida cuja atividade
contra os bacilos Gram-negativos supera a das cefalosporinas e penicilinas
convencionais. Sua combinação com as seroproteínas é de 32% a 50% e elimina-se
pela urina em forma bactericida ativa.
Indicações.
Infecções graves produzidas por germes
patogênicos sensíveis à cefotaxima. Infecções das vias respiratórias incluindo
garganta e nariz; dos rins e vias urinárias; da pele e tecidos de partes moles,
ossos e articulações; de órgãos genitais, incluindo a gonorreia; sepse,
endocardite, meningite; em geral, é eficaz contra Staphylococcus, Streptococcus,
Streptococcus pneumoniae, Haemophilus influenzae, E. coli,
Salmonellas, Clostridium. Atualmente é variável a sensibilidade
para os seguintes agentes patogênicos: Streptococcus faecalis, Pseudomonas
aeruginosa e Bacteroides fragilis.
Posologia.
A dose depende da gravidade da
infecção, da sensibilidade dos agentes patogênicos e do estado do paciente.
Dose sugerida: 1 g a cada 12 horas em adultos e crianças maiores de 12 anos. Em
casos graves a dose diária pode ser elevada para 12 g. Para uma dose diária de
4 g podem ser administrados 2 g com intervalo de 12 horas; quando forem
necessárias doses diárias mais elevadas, os intervalos de administração poderão
ser encurtados para 8 ou 6 horas. Infecções típicas, produzidas por agente
patogênico sensível, dose diária: 2 g com intervalo de 12 horas. Infecções
produzidas por vários agentes patogênicos de sensibilidade elevada até média,
dose diária de 4 g com intervalo de 12 horas. Infecções bacterianas
não-localizáveis: dose diária de 6 a 12 g com intervalos de 6 a 8 horas.
Gonorreia: administração única de 0,5 g. Como profilaxia de infecções
pré-cirúrgicas, é recomendada a administração de 1 a 2 g de cefotaxima antes da
operação. O tratamento deverá ser continuado durante 3 dias, mesmo que a febre
tenha cessado.As doses mais elevadas podem ser administradas por infusão; para
uma infusão gota a gota dissolve-se 2 g em 100 ml de cloreto de sódio isotônico
ou de solução de glicose, infundindo-se em um período de 50 a 60 minutos.
Reações adversas.
Alteração dos componentes sanguíneos:
trombocitopenia, leucopenia, eosinofilia. Tal qual outros antibióticos
betalactâmicos, pode aparecer granulocitopenia e mais raramente agranulocitose,
principalmente se administrado por período prolongado. Podem surgir reações de
hipersensibilidade: urticária, febre medicamentosa; alterações da função
hepática: aumento das enzimas hepáticas do soro (TGO/AST, TGP/ALT, fosfatase
alcalina); distúrbios gastrintestinais: náuseas, vômitos, diarreia, colite
pseudomembranosa.
Precauções.
As diarreias graves e permanentes
podem ser o sintoma de uma colite pseudomembranosa de etiologia medicamentosa;
nestes casos, suspender o tratamento. Reações locais: irritação das paredes
venosas e dores nos locais de punção. Em pacientes com disfunção renal, a dose
deverá ser reduzida à metade da dose normal.
Interações.
Pode alterar parâmetros laboratoriais:
dar positivo o teste de Coombs ou alterar os resultados da determinação da
glicosúria quando realizada por métodos não enzimáticos.
Contraindicações.
Hipersensibilidade às cefalosporinas.