Ações
terapêuticas.
Anti-hipertensivo.
Bloqueador beta-adrenérgico.
Propriedades.
Atua
preferencialmente sobre os receptores cardíacos 1, embora também
tenha afinidade com os receptores vasculares periféricos ou bronquiais 2.
Como sua cardiosseletividade não é absoluta, as doses elevadas de atenolol
podem bloquear os receptores 2. Carece de atividade
simpaticomimética intrínseca e de efeito estabilizador da membrana. Seu efeito
principal é reduzir a resposta cardíaca diante do cansaço e ao exercício, razão
pela qual é indicado em angina pectoris. Absorvido 50% por via oral, sua
fixação às proteínas é baixa (6 a 16%); metaboliza-se minimamente no fígado e
85% a 100% é excretado por via renal, de forma inalterada. Sua meia-vida é de 6
a 7 horas e aumenta de 16 a 27 horas ou mais em pacientes com disfunção renal.
Indicações.
Hipertensão
essencial, angina pectoris. Arritmias cardíacas. Coadjuvante no
tratamento da estenose subaórtica hipertrófica.
Posologia.
Hipertensão:
a maioria dos pacientes responde a 100 mg/dia em uma única dose; alguns podem ser
mantidos com 1 dose de 50 mg/dia. Angina pectoris: a dose eficaz é de
100 mg em dose única diária ou em 2 doses de 50 mg. Arritmias: logo após o
tratamento IV com atenolol pode ser indicada uma terapêutica de manutenção por
via oral com 50 a 100 mg/dia. Em pacientes com insuficiência renal a posologia
deverá ser ajustada, pois a eliminação desta droga se produz por via urinária.
Em pacientes idosos a redução do metabolismo e da capacidade de excreção pode
aumentar a depressão miocárdica e requerer uma diminuição da dose.
Reações
adversas.
As mais
comuns são frialdade nas extremidades, fadiga muscular e, em casos isolados,
bradicardia. Ocasionalmente, foram relatados distúrbios do sono, tal qual com
outros beta-bloqueadores. Existem possibilidades de bloqueio A-V, insuficiência
cardíaca, crise asmática ou hipoglicemia. Em caso de erupções cutâneas tipo
psoríase, o tratamento deverá ser suspenso, por provável hipersensibilidade ao
fármaco.
Precauções.
Como com
todos os beta-bloqueadores, o tratamento não deve ser interrompido bruscamente
por pacientes anginosos, pois pode provocar distúrbios do ritmo, infarto do
miocárdio ou morte súbita. Deve-se ter cautela com pacientes asmáticos e com
aqueles que apresentam fenômemos de Raynaud.
Interações.
Não deve
ser administrado junto com verapamil. O tratamento com um destes fármacos não
deverá ser iniciado sem haver suspendido o outro ao menos 7 dias antes. Deve-se
ter cautela no caso de associação com antiarrítmicos da classe I como
disopiramida. A reserpina é potencializada em associação com beta-bloqueadores.
Em tratamentos conjuntos o paciente deverá ser controlado para prevenir a
hipotensão ou bradicardia excessiva. Pode ser indicado com clonidina, tendo
porém presente a potencialização do efeito bradicárdico. O uso de anestésicos
por inalação (halotano) simultaneamente com beta-bloqueadores pode aumentar o
risco de depressão miocárdica. Ao serem indicados com atenolol, os
hipoglicemiantes orais ou insulina podem potencializar seu efeito
hipoglicêmico.
Contraindicações.
Bloqueio
cardíaco de 2 e 3 grau. Choque cardiogênico. Gravidez e lactação. Deve-se ter
em mente que o atenolol atravessa a barreira placentária. Crianças.
Insuficiência cardíaca manifesta, bradicardia sinusal.