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ALFUZOSINA (Xatral)

Nomes comerciais: Xatral, Xatral OD (Sanofi-Aventis), Uroxatral

Ações terapêuticas: Tratamento da hipertrofia prostática benigna. Bloqueador adrenérgico.

Propriedades:
Usado na forma de cloridrato, é um antagonista (ou bloqueador) seletivo dos receptores alfa-adrenérgicos localizados, em número elevado, na uretra proximal, disseminados no estroma e na cápsula prostática. Ao ser estimulada, esta inervação simpática ou adrenérgica gera a contração da musculatura lisa uretroprostática e um aumento da pressão de perfusão uretral, com as consequentes manifestações urodinâmicas (disúria, polaciúria, astenúria, dificuldade de urinar). Os bloqueadores alfa-adrenérgicos, alfuzosina, terazosina, prazosina) provocam o relaxamento da musculatura lisa e controlam os fenômenos irritativos e as alterações urodinâmicas. A alfuzosina é um derivado quinazolônico (dimetoxi-6-7 amino-4 quinazolina), antagonista dos receptores adrenérgicos alfa 1 ( 1), que, em pacientes com disfunção vesical neurogênica ou uretroespástica provocada por agonistas alfa-adrenérgicos ou estímulo simpático, demonstraram redução efetiva da pressão uretral, com aumento do fluxo urinário e outros parâmetros urodinâmicos (volume de urina residual, fluxo urinário máximo).O efeito farmacológico do bloqueio simpático realiza-se sobre o músculo liso prostático e colo vesical, melhorando a fenomenologia urodinâmica da hipertrofia prostática benigna. Sua ação anti-hipertensiva mediante vasodilatação periférica não é acompanhada por taquicardia reflexa, como ocorre nos bloqueadores alfa-adrenérgicos não-seletivos, nem por alterações na carga cardíaca. É absorvido por via oral e atinge sua concentração máxima em 2 horas. Sua meia-vida é de 2 horas; é objeto de biotransformação hepática por conjugação e, ao final, excreta-se por via biliar e fezes.

Indicações:
Distúrbios urodinâmicos devidos a hipertrofia prostática benigna (HPB). Prostatismo.

Posologia:
A dose recomendada é de 2,5 mg a cada 8 horas (7,5 mg/dia). Recomenda-se iniciar com 2,5 mg ao deitar e, conforme a resposta individual, será alcançada a dose recomendada. Em pacientes com mais de 65 anos recomenda-se iniciar com 2,5 mg de manhã ou à noite e aumentar progressivamente a dose conforme a resposta clínica, porém sem exceder 100 mg diários. Em pessoas com insuficiência hepática leve ou moderada, recomenda-se iniciar com 2,5 mg por dia até atingir, inclusive, 5 mg diários, conforme a resposta terapêutica. Em pacientes com insuficiência renal, recomenda-se iniciar com 5 mg diários e efetuar imediatamente ajustes conforme a função renal.

Reações adversas:
Ocasionalmente podem ocorrer, especialmente em idosos em início de tratamento, enjoos, hipotensão ortostática, debilidade, astenia, cefaleia, palpitações, congestão nasal.

Precauções:
Deve-se controlar a dose nos pacientes em tratamento diurético ou vasodilatador, já que o decréscimo do vigor da pressão do ventrículo esquerdo pode provocar diminuição da carga cardíaca e da perfusão e pressão sistêmicas.

Contraindicações:
Pacientes com hipersensibilidade aos derivados da quinazolona; crianças menores de 12 anos. Estenose aórtica, obstrução valvular mecânica, embolismo pulmonar, insuficiência cardíaca congestiva. 

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