Ações terapêuticas.
Antimicrobiano de amplo espectro.
Propriedades.
É um novo quinolônico bactericida, de
amplo espectro de ação, sobre microrganismos Gram-positivos e Gram-negativos,
incluindo P. aeruginosa. Sua absorção logo após administração oral é
rápida e quase completa (95%-98% da dose administrada) e a quantidade absorvida
diminui com a ingestão simultânea de alimentos. O mecanismo de ação envolve
inibição da atividade da DNA girase, necessária para a transcrição e replicação
do DNA. A concentração bactericida mínima (CBM) raramente é superior ao dobro
da concentração inibitória mínima (CIM), exceto para os estafilococos, cuja CBM
é de 2 a 4 vezes superior à da CIM. A união às proteínas plasmáticas é baixa
(10%) e aproximadamente 65% do fármaco inalterado é eliminado pela urina e
cerca de 10% pelas fezes; a eliminação total é completa 72 horas após a última
dose.
Indicações.
Infecções respiratórias, urinárias,
ginecológicas etc., causadas por microrganismos suscetíveis.
Posologia.
Infecções do trato respiratório
inferior ou infecções urinárias não-complicadas: 400 mg em dose única diária,
durante 10 dias. Infecções complicadas do trato urinário: 400 mg/dia, durante
14 dias. A dose deve ser reduzida em pacientes com insuficiência renal
(clearance de creatinina < 40 ml/min por 1,73m 2); habitualmente
utiliza-se uma dose de ataque de 400 mg e doses de manutenção de 200 mg.
Superdosagem.
Estudos em animais mostraram que a
toxicidade aguda progride clinicamente com salivação, tremores, diminuição da
atividade, dispneia, convulsões clônicas e morte. Em caso de superdose aguda,
esvaziar o estômago causando vômitos ou fazer lavagem gástrica e administrar
tratamento sintomático, assegurando manutenção da hidratação.
Reações adversas.
Transtornos gastrintestinais.
Fototoxicidade. Reações anafiláticas ou anafilactoides. Essas reações
ocasionalmente se acompanham de colapso cardiovascular, inconsciência, edema
facial e faríngeo, dispneia, urticária e prurido. Risco de convulsões, pressão
intracraniana aumentada, psicose tóxica, estimulação do sistema nervoso central
com tremores, agitação, confusão, tonturas e alucinações.
Precauções.
Evitar a administração de
lomefloxacino em pacientes com exacerbações de bronquite crônica por Streptococcus
pneumoniae, pois esse microrganismo é resistente. Evitar a exposição à luz
solar direta e à luz ultravioleta durante uma semana após receber
lomefloxacino. Caso haja convulsões ou sintomas de estimulação do SNC, o
tratamento deve ser imediatamente suspenso. A segurança e a eficácia desse
fármaco em menores de 18 anos e em grávidas não foram estabelecidas, assim,
deve ser administrada nessas condições somente quando os benefícios superarem
os possíveis riscos.A amamentação deve ser interrompida caso seja administrado
lomefloxacino à mãe.
Interações.
Sucralfato e antiácidos que contenham
magnésio ou alumínio: quelação; administração com 2 a 4 horas de intervalo. Cimetidina,
probenecida: possível interferência na eliminação do lomefloxacino.
Ciclosporina: possível aumento dos níveis séricos de ciclosporina.
Anti-inflamatórios não-esteroides: possível aumento do risco de convulsões.
Anticoagulantes orais e varfarina: aumento do efeito anticoagulante; monitorar
o tempo de protrombina.
Contraindicações.
Hipersensibilidade ao lomefloxacino ou
aos quinolônicos.