Ações terapêuticas.
Antialérgico.
Propriedades.
A lodoxamida inibe in vivo a
reação de hipersensibilidade imediata do tipo I, pois impede o aumento da
permeabilidade vascular cutânea associada à lgE, previne a quimiotaxia dos
eosinófilos e evita a ativação dos mastócitos induzida por diferentes
antígenos. Estudos in vitro demonstraram sua capacidade de estabilizar
os mastócitos de roedores e prevenir a liberação de histamina e outros
mediadores inflamatórios mastocitários (leucotrienos LTC4, LTD4 e LTE4). Embora
seu mecanismo de ação seja desconhecido, verificou-se que a lodoxamida impede a
entrada de cálcio em mastócitos após a estimulação antigênica. A lodoxamida não
apresenta atividades vasoconstritora, anti-histamínica, inibitória da
cicloxigenase, nem qualquer outra atividade anti-inflamatória. Está indicada no
tratamento da conjuntivite alérgica não-infecciosa, cujos fatores etiológicos
são desconhecidos, porém na qual podem estar implicados os alérgenos ambientais
e o uso de lentes de contato.
Indicações.
Conjuntivite alérgica (conjuntivite
estacional, conjuntivite papilar gigante, e conjuntivite atópica).
Posologia.
Adultos e criança com idade superior a
4 anos: 0,05 mg a 0,10 mg (1 a 2 gotas) do colírio a 1% em cada olho, 2 a 4
vezes ao dia a intervalos regulares, conforme a intensidade dos sintomas.
Superdosagem.
Caso ocorra superdose, deve-se lavar
os olhos com água corrente em abundância. Uma superdose acidental pode causar
sensação transitória de calor, sudoração profusa, diarreia e sensação de distensão
do estômago.
Reações adversas.
As principais reações adversas
compreendem ardor, agulhadas ou incômodos transitórios, prurido ocular, visão
turva, descamação nas margens das pálpebras, secura dos olhos, lacrimejamento,
ou hiperemia ocular. Menos frequentemente são observados sensação de corpo
estranho, dor no globo ocular, exsudação, edema ocular, fadiga ocular, sensação
de calor nos olhos, edema palpebral, sensação de queimação, células na câmara
anterior, epiteliopatia, queratopatia/queratite, blefarite, sensação pegajosa,
erosão da córnea, escurecimento da visão, abrasão da córnea, e alergia. As
reações não oculares são raras (< 1%) e compreendem sensação de calor,
cefaleias, náuseas, mal-estar gástrico, enjoos, sonolência, secura nasal,
espirros e erupções.
Precauções.
Recomenda-se não estar com as lentes
de contato colocadas durante a instilação do colírio; as lentes podem voltar a
ser utilizadas algumas horas após terminado o tratamento. Os estudos de
reprodução em ratos e coelhos com a lodoxamida administrada por via oral na
dose de 100 mg/kg ao dia (mais de 5.000 vezes a dose proposta para uso em seres
humanos) não mostraram evidências de toxicidade durante o desenvolvimento.
Durante o tratamento, a melhora dos sinais e sintomas patológicos (redução do
incômodo, agulhadas, sensação de corpo estranho, fotofobia, dor ocular aguda,
lacrimejamento, exsudação, eritema, inchaço, vermelhidão na conjuntiva, reação
do limbo, doença epitelial, ptose) manifesta-se, em geral, já com poucos dias
de uso. Uma vez estabelecida a melhora sintomática, o tratamento deve ser
mantido durante o tempo necessário de modo a manter tal melhora. O fármaco não
está recomendando para crianças com idade inferior a 4 anos, pois nessa faixa
etária sua segurança e eficácia não estão estabelecidas.
Interações.
Até o momento, não se conhece nenhuma
interação medicamentosa.
Contraindicações.
Pacientes que apresentam
hipersensibilidade ao fármaco.