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HOMATROPINA


Ações terapêuticas.

Antiespasmódico, antidismenorreico.
Propriedades.
É um derivado amônia quaternária da homatropina. Seu efeito antiespasmódico gastrintestinal parece estar relacionado com sua ação local e direta sobre o músculo liso. Inibe as ações muscarínicas da acetilcolina sobre as estruturas inervadas por fibras colinérgicas pós-ganglionares, tal como sobre os músculos lisos que respondem à acetilcolina mas que não apresentam inervação colinérgica. Dependendo da dose, é capaz de reduzir a motilidade e a atividade secretora do sistema gastrintestinal e o tônus do ureter e a bexiga urinária. Também exerce uma ligeira ação relaxante sobre os condutos biliares e a vesícula biliar. Os efeitos sobre o SNC são insignificantes. A absorção gastrintestinal é pobre e irregular. A absorção total, após uma dose oral, é de 10% a 25% aproximadamente. Seu metabolismo é hepático e uma grande porcentagem é eliminada de forma inalterada pelos rins e pelas fezes. Sua capacidade de atravessar a barreira hematoencefálica e ao interior do olho é mínima.
Indicações.
Cólicas gastrintestinais e das vias biliares e renais, dismenorreia.
Posologia.
A dose usual para adultos por via oral é de 4 mg, 3 a 4 vezes ao dia. A dose pediátrica é de 0,1 mg/kg/dia.
Reações adversas.
Constipação, diminuição da sudorese, secura na boca.
Precauções.
As crianças até 2 anos são especialmente sensíveis aos efeitos tóxicos antimuscarínicos. Deve-se administrar com precaução em pacientes com esofagite por refluxo ou hérnia hiatal associada com esofagite por refluxo, uma vez que a diminuição da motilidade esofágica e gástrica, somada ao relaxamento do esfíncter esofágico inferior, pode facilitar a retenção gástrica e aumentar o refluxo através de um esfíncter não funcional. Em pacientes com doenças obstrutivas do trato gastrintestinal, a diminuição da motilidade e do tônus pode originar obstruções e retenção gástrica. Seu uso deve ser cuidadoso em pacientes com íleo paralítico, já que pode originar obstrução; na presença de uropatias obstrutivas, pela possibilidade de agravá-las; em pacientes com cardiopatias, porque pode aumentar a frequência cardíaca.
Interações.
O uso simultâneo com antiácidos ou antidiarreicos absorventes pode diminuir a absorção do metilbrometo de homatropina e ocasionar uma diminuição da eficácia terapêutica; devem ser administrados com 1 hora de separação. A associação com outros fármacos antimuscarínicos pode potencializar esse efeito. O uso concomitante com cetoconazol pode diminuir notoriamente sua absorção, pelo possível aumento do pH gastrintestinal produzido pelo metilbrometo de homatropina.
Contraindicações.
Glaucoma (seu efeito midriático pode provocar aumento da pressão intraocular), hipertrofia prostática. 

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