Ações terapêuticas.
Antineoplásico.
Propriedades.
É um antibiótico antracíclico com
atividade antineoplásica muito similar à doxorrubicina. A epirrubicina
distribui-se rapidamente por todo o organismo, após ser administrada por via
endovenosa. O metabolismo é hepático e o principal metabólito formado,
epirrubinisol, possui atividade antineoplásica. A eliminação é realizada
preferencialmente por via biliar e a meia-vida é de aproximadamente 40 horas.
Não se difunde através da barreira hematoencefálica até o LCR.
Indicações.
Leucemias agudas, linfomas, mieloma
múltiplo e tumores sólidos, incluindo câncer de mama, de ovário e
gastrintestinal.
Posologia.
Adultos: intravenosa, 75 a 90 mg por
metro quadrado de superfície corporal em uma dose única cada três semanas. A
dose deve ser reduzida se a epirrubicina é administrada concomitantemente com
outros agentes antineoplásicos. Em câncer de bexiga também estão indicados em
forma intravesical 50 mg semanalmente de uma solução a 0,1% durante 8 semanas.
Se for manifestada cistite química, a dose deve ser reduzida a 30 mg semanais.
Reações adversas.
Febre, calafrio, dor de garganta,
úlceras na boca e nos lábios, escurecimento ou vermelhidão da pele, batimentos
cardíacos irregulares, sensação de falta de ar, inchaço de pés e parte inferior
das pernas, dor nas articulações, dor na parte baixa das costas, dor de
estômago e hemorragias ou hematomas. Pode produzir cardiotoxicidade quando
administrados mais de 0,9-1g por m 2 de superfície corporal.
Precauções.
Apresenta sensibilidade cruzada aparente
com lincomicina. Tem demonstrado ser carcinogênica em animais e pode estar
associada com um aumento do risco de desenvolvimento de carcinomas secundários
em seres humanos. Os pacientes submetidos ao tratamento com esse fármaco podem
padecer de amenorreia ou azoospermia, devido à supressão gonadal. Esses efeitos
parecem estar relacionados com a dose e a duração da terapia e podem ser
irreversíveis. Recomenda-se evitar o uso durante o primeiro trimestre de
gravidez, pois demonstrou ser teratogênico em animais e, além disso, o feto
pode padecer dos efeitos mutagênicos, teratogênicos e carcinogênicos. Por não
existirem provas conclusivas, recomenda-se não administrar em gestantes a menos
que o benefício para a mãe supere o risco potencial para o feto. Apesar de
desconhecer-se se o fármaco é excretado no leite materno, recomenda-se não
administrar durante a lactação devido aos riscos para a criança (efeitos
adversos, mutagenicidade, carcinogenicidade). Crianças e idosos podem ser mais
sensíveis aos efeitos desse fármaco.Devido ao efeito depressor da medula óssea
observa-se um aumento na incidência de infecções microbianas, demora na
cicatrização e hemorragia gengival.
Contraindicações.
Hipersensibilidade à epirrubicina.