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CICLOFOSFAMIDA


Ações terapêuticas.

Antineoplásico.
Propriedades.
Um metabólito da ciclofosfamida, a mostarda fosforamida, liga-se a muitas estruturas moleculares intracelulares, incluindo os ácidos nucleicos. Sua ação citotóxica deve-se principalmente ao entrecruzamento da cadeia de DNA e RNA, assim como à inibição da síntese de proteínas. É bem absorvida no trato gastrintestinal; sua união às proteínas é muito baixa. Metaboliza-se no fígado e sua meia-vida é prolongada na insuficiência renal. Sua eliminação é por via renal, com menos de 25% de forma inalterada.
Indicações.
Leucemia linfoblástica aguda, leucemia mielocítica aguda, leucemias crônicas, adenocarcinoma de ovário, carcinoma de mama. As indicações dos antineoplásicos encontram-se em constante revisão.
Posologia.
Existem diversos protocolos e pautas de dosagem, isolados e em associação com outros fármacos antitumorais. A aparição de nefropatia por ácido úrico em pacientes com leucemia ou linfoma pode ser evitada mediante hidratação por via oral adequada. Esta hidratação é recomendada antes do tratamento com ciclofosfamida e durante pelo menos 72 horas após, para assegurar uma excreção urinária abundante. Dose para adultos: de 1 a 5 mg/kg/dia. Doses pediátricas: indução: de 2 a 8 mg/kg/dia, em várias doses, durante 6 dias ou mais; manutenção: de 2 a 5 mg/kg, 2 vezes por semana. Ampolas: adultos: indução por via IV, de 40 mg a 50 mg/kg, em doses divididas, durante 2 a 5 dias; manutenção: via IV, de 10 a 15 mg/kg com intervalos de 7 a 10 dias ou 3 a 5 mg/kg, 2 vezes por semana. Doses pediátricas: indução IV, de 2 a 8 mg/kg, em doses divididas, durante 6 ou mais dias; manutenção: IV, de 10 a 15 mg com intervalos de 7 a 10 dias. As doses variam em função das combinações com outros fármacos.
Reações adversas.
Muitas reações da terapêutica antineoplásica são inevitáveis e representam a ação farmacológica do mecanismo. De incidência mais frequente: febre, calafrios, dor de garganta, supressão gonadal (amenorreia), enjoos, confusão, cansaço, debilidade, tosse, dispneia, artralgia, hemorragia ou hematomas não-habituais, náuseas, vômitos, perda de peso.
Precauções.
É importante ingerir líquidos em abundância para aumentar a diurese, evitar as imunizações a não ser que indicadas pelo médico. A terapêutica deve ser abandonada se surgir cistite hemorrágica. Se aparecer leucopenia ou trombocitopenia acentuadas, o tratamento deve ser suspenso até que os valores retornem a níveis satisfatórios. Pode ocorrer também supressão gonadal (amenorreia e azoospermia). Durante o primeiro trimestre da gravidez é recomendado evitar, se possível, o uso de antineoplásicos, especialmente a terapêutica combinada. A relação risco-benefício deve ser avaliada nestes casos e durante o período de lactação.
Interações.
Ao aumentar a concentração de ácido úrico no sangue, pode ser necessário ajustar a dose de alopurinol, colchicina, probenecida ou sulfimpirazona. A ciclofosfamida pode aumentar a atividade dos anticoagulantes orais; os indutores de enzimas hepáticas aumentam a formação de metabólitos alquilantes da ciclofosfamida. O uso simultâneo de azatioprina, ciclosporina, mercaptopurina e corticóides pode aumentar o risco de infecção e o desenvolvimento de neoplasias.
Contraindicações.
Varicela existente ou recente, herpes-zóster. A relação risco-benefício deverá ser avaliada na presença de supra-renalectomia, depressão da medula óssea, gota, disfunção hepática ou renal, infecções. 

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