Ações terapêuticas.
Anti-histamínico.
Propriedades.
Os efeitos antialérgicos do cetotifeno
não se devem somente às propriedades anti-histamínicas, mas também ao potencial
inibidor da fosfodiesterase, bloqueador dos canais de cálcio e inibidor da
liberação e dos efeitos de uma associação de leucotrienos conhecidos como
substâncias anafiláticas de ação lenta (SRS-A). Apresenta boa absorção pela via
gastrintestinal e é eliminado principalmente por via renal e fecal.
Indicações.
Profilaxia da asma e manifestações
alérgicas como a rinite e a conjuntivite.
Posologia.
Adulto: via oral, 1 mg duas vezes ao dia
durante as refeições. Crianças maiores de 2 anos: via oral, 1 mg duas
vezes ao dia durante as refeições.
Reações adversas.
Aumento do apetite e do peso corporal,
dor de garganta, febre, hemorragias ou hematomas não-habituais, cansaço ou
fraqueza não-habituais, dor no peito, sonolência, espessamento das secreções.
No início do tratamento podem ser observadas em raras ocasiões sedação e boca
seca, manifestações que desaparecem em geral, de maneira espontânea, após
alguns dias. Nos casos em que ocorre sedação é aconselhável reduzir a dose à
tomada noturna e após alguns dias administrar também a dose diurna.
Ocasionalmente podem ocorrer tontura leve, bradicardia, fadiga de curta
duração, vômitos, enjoo, diarreias.
Precauções.
Não suprimir bruscamente outros
medicamentos antiasmáticos (corticoides, ACTH) quando se inicia o tratamento.
Precaução em pacientes que conduzem veículos ou maquinarias. Não foram
realizados estudos em animais nem em seres humanos sobre o efeito carcinogênico
ou mutagênico do cetotifeno. Por não existirem provas conclusivas, recomenda-se
não utilizar em gestantes a menos que o benefício para a mãe supere o risco
potencial para o feto. O uso desse medicamento em lactantes não é recomendado,
uma vez que ocorre uma pequena eliminação através do leite podendo levar a uma
irritação ou excitação não habitual do lactente; por sua ação antimuscarínica,
pode inibir a secreção de leite. O uso em neonatos ou prematuros não é
recomendado, por apresentarem maior sensibilidade aos efeitos antimuscarínicos,
como estimulação do sistema nervoso central e aumento da tendência às
convulsões. Em crianças maiores submetidas a tratamento com cetotifeno pode
ocorrer uma reação paradoxal caracterizada pela hipersensibilidade.Os pacientes
idosos submetidos ao tratamento com esse medicamento possuem maior tendência a
sofrer tonturas, sedação, hipotensão, hiperexcitabilidade e efeitos secundários
antimuscarínicos, como secura da boca e retenção urinária. Seu uso prolongado
pode inibir ou diminuir a secreção salivar e contribuir para o desenvolvimento
de cáries, doença periodontal, candidíase oral e mal-estar.
Interações.
Agentes antidiabéticos. O cetotifeno
pode potencializar a ação dos sedativos hipnóticos, anti-histamínicos e álcool.
Contraindicações.
Hipersensibilidade ao fármaco. Não
administar junto com antibióticos orais devido à possível ocorrência de
trombocitopenia reversível. O cetotifeno é contraindicado em pacientes com
insuficiência renal ou hepática, com distúrbios cardiovasculares ou metabólicos
e em indivíduos medicados com esteroides.