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CEFONICIDA


Ações terapêuticas.

Antibiótico.
Propriedades.
Trata-se de um antibiótico da família das cefalosporinas, semissintético, de amplo espectro, que inibe a síntese da parede celular bacteriana, resistente às -lactamases. A cefonicida mantém concentrações plasmáticas elevadas durante 24 horas; sua meia-vida é de 4,5 horas e liga-se a proteínas plasmáticas em aproximadamente 90%. Não sofre metabolização, sendo eliminada na forma ativa pela urina em cerca de 99% da dose administrada.
Indicações.
Infecções das vias respiratórias, das urinárias, da pele e tecidos moles, articulações, ossos e septicemias.
Posologia.
Adultos: função renal normal. Dose: via oral, 1 g uma vez ao dia. Em infecções urinárias não-complicadas, a dose pode ser de 0,5 g uma vez ao dia. Duração do tratamento: infecções do trato respiratório: 5 a 12 dias. Infecções da pele e tecidos moles: 3 a 12 dias. Uretrite gonocócica: 1 g em tomada única. Infecções do trato urinário: 5 a 7 dias, embora em geral uma dose única seja eficaz em mulheres com infecções urinárias não-complicadas. Profilaxia cirúrgica: 1 g administrado uma hora antes da intervenção; podem ser necessárias doses diárias adicionais de 1 g durante dois dias subsequentes em pacientes submetidos a cirurgias cardíacas ou artroplastias protéticas. Função renal alterada: dose inicial: via oral, 1 a 2 g, em adultos. Dose de manutenção: via oral, de acordo com o clearance de creatinina, o tipo de infecção presente e o grau de insuficiência renal. Na insuficiência renal leve: 500 mg a 1,5 g/dia; insuficiência moderada: 500 mg a 1 g/dia; insuficiência grave: 500 mg a 1 g a cada 3 a 5 dias. Crianças com idade superior a 1 ano: dose relativa ao peso corporal: 50 mg/kg ao dia.
Superdosagem.
Em caso de superdose, especialmente em pacientes com insuficiência renal grave, a diálise peritoneal ou a hemodiálise podem acelerar a eliminação do antibiótico. Caso haja manifestação de reação de hipersensibilidade, recomenda-se suspender a administração e instituir um tratamento específico apropriado, levando em conta a natureza e a intensidade dessa reação (anti-histamínicos, corticosteroides, adrenalina).
Reações adversas.
As principais reações adversas compreendem eosinofilia e trombocitose reversíveis, neutropenia, febre, rash cutâneo, prurido, eritema, mialgia, reação anafilática, diarreia e lesões renais agudas associadas com nefrite intersticial.
Precauções.
Previamente a sua administração, recomenda-se descartar a possível existência de hipersensibilidade a cefalosporinas, penicilinas ou de um fundo alérgico essencialmente de natureza medicamentosa. Adverte-se sobre a existência de casos que podem evoluir para colite pseudomembranosa, com alterações da flora normal do cólon e desenvolvimento expressivo de Clostridium difficile. Os casos leves, com alterações mínimas, podem ceder apenas com a suspensão do tratamento, porém os casos moderados ou graves necessitam de tratamento oportuno com soluções eletrolíticas, proteinoterapia e antibiótico apropriado. Nas operações cesáreas, a administração de cefonicida deverá ser realizada unicamente após o cordão umbilical ter sido ligado. Não se recomenda a administração deste fármaco durante a gestação ou a lactação.
Interações.
Pode haver aumento da nefrotoxicidade pela administração simultânea com aminoglicosídeos. Administrar com precaução.
Contraindicações.
Hipersensibilidade às cefalosporinas ou reações graves com qualquer antibiótico -lactâmico. 

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