Ações terapêuticas.
Relaxante muscular.
Propriedades.
O carisoprodol (meprobamato de
isopropila) é um miorrelaxante que age a nível do SNC diminuindo os reflexos
polissinápticos e bloqueando a atividade interneuronal na formação reticular
descendente e na medula espinhal. Em animais, o carisoprodol produz relaxamento
muscular por inibição da atividade interneuronal na formação reticular
descendente e na medula espinhal. A ação começa rapidamente (30 minutos) após a
sua administração e tem uma duração de quatro a seis horas. O carisoprodol não
produz relaxamento direto do músculo esquelético em seres humanos; seu
mecanismo de ação nessa espécie não foi completamente elucidado, mas pode estar
relacionado com sua propriedades sedativas. A absorção no trato gastrintestinal
é rápida, distribui-se facilmente e finalmente é metabolizado no fígado; um dos
seus metabólitos é o meprobamato.Sua meia-vida é de 8 horas e a sua eliminação
é renal. Passa ao leite materno, onde atinge uma concentração até 4 vezes maior
do que no plasma materno.
Indicações.
Transtornos musculares dolorosos.
Fibrosite, torcicolo, reumatismo de partes moles, contraturas miotendinosas,
lombalgias.
Posologia.
350 mg por via oral quatro vezes ao
dia.
Superdosagem.
Estupor, coma, choque, depressão
respiratória, morte.
Reações adversas.
Tonturas, vertigem, ataxia, tremores,
agitação, dor de cabeça, insônia, síncope, reações depressivas. Eritema,
erupções, episódios asmáticos. Taquicardia, hipotensão ortostático, náuseas,
vômitos, soluço, sonolência.
Precauções.
Em pacientes com problemas renais ou
hepáticos aconselha-se ajustar a dose. A primeira dose de carisoprodol pode
provocar reações adversas que aparecem nos primeiros minutos ou horas:
debilidade extrema, quadriplegia transitória, tonturas, perda temporária da
visão, diplopia, midríase. Os pacientes que recebem carisoprodol devem ser
advertidos para não realizar tarefas perigosas nem operar máquinas ou dirigir.
Os psicotrópicos e o carisoprodol podem produzir efeito sinérgico, por isso
deve-se evitar o consumo simultâneo de ambos os fármacos. Não administrar em
mulheres que amamentam: o carisoprodol atinge uma concentração quatro vezes
maior no leite do que no plasma da mãe. Recomenda-se não administrar em
mulheres grávidas. A aparição de sonolência ou outros efeitos neurodepressores
podem requerer uma redução da dose.
Interações.
Psicotrópicos, álcool: efeitos
aditivos.
Contraindicações.
Porfiria intermitente aguda, reações
alérgicas ou idiossincráticas ao carisoprodol ou a fármacos relacionados
(meprobamato, mebutamato e tibamato).