Ações terapêuticas.
Antineoplásico.
Propriedades.
A carboplatina é igual à cisplatina,
reage com o DNA celular formando uniões cruzadas intracelulares e
intercelulares. Seu mecanismo de ação parece ser similar ao dos agentes
alquilantes bifuncionais. Metaboliza-se por uma conversão não-enzimática rápida
a metabólitos inativos. É eliminada por via renal e pode ser detectada nos
tecidos durante 4 meses ou mais após administração. Pode ser eliminada mediante
procedimentos dialíticos, porém somente durante as 3 horas posteriores à sua
administração.
Indicações.
Carcinoma de ovário de origem
epitelial. Carcinoma de pulmão de células pequenas. Carcinoma epidermoide das
vias aéreas e digestivas superiores.
Posologia.
A administração é feita por infusão
IV, à razão de 400 mg/m 2 em 1 única dose; pode ser repetida após 4
semanas. A infusão é preparada por diluição em solução aquosa de dextrose a 5%
ou de cloreto de sódio a 0,9%, a uma concentração de 0,5 mg/ml, durante um
período de 15 a 60 minutos.
Reações adversas.
Muitas reações adversas são
inevitáveis e representam a ação farmacológica do medicamento. Distúrbios
gastrintestinais: náuseas e vômitos (25%). Sua incidência e gravidade se reduzem
com o emprego prévio de antieméticos. Depressão da medula óssea:
trombocitopenia, leucopenia ou anemia. Nefrotoxicidade. Ototoxicidade. Reações
alérgicas.
Precauções.
Em pacientes com insuficiência renal,
reduzir as doses e realizar monitoramentos periódicos da função renal e dos
parâmetros hematológicos. Quando administrada junto com terapêutica
imunossupressora, planejar cuidadosamente para evitar o risco de efeitos
aditivos.
Interações.
Não deve ser administrada junto com
antibióticos aminoglicosídeos ou outros agentes nefrotóxicos, pelo possível
aumento da toxicidade.
Contraindicações.
Hipersensibilidade ao medicamento, a
derivados de platina ou manitol. Insuficiência renal grave (liberação de
creatinina igual ou inferior a 20 ml/min). Depressão da medula óssea. Gravidez.