Ações terapêuticas.
Nootrópico.
Propriedades.
É um moderno agente nootrópico com
propriedades anti-isquêmicas/anti-hipóxicas cerebrais. Seu nome químico é
metilfeniltolilo-oxibutilamina. O bifemelano evita o dano cerebral e a lesão
vascular cerebral gerada pelos radicais superóxido, que ao reagirem com as
moléculas proteicas se transformam em radicais oxidrila. Esses rompem a hélice
do DNA e oxidam os lipídeos das membranas celulares. Esse efeito scavenger
sobre os ânions superóxido e radicais oxidrila responsáveis pela isquemia
cerebral normaliza o metabolismo energético e o pH intracelular do tecido
cerebral. Em nível experimental o bifemelano foi comparado a outros fármacos
nootrópicos (piracetam, aniracetam, pramiracetam) com relação a diversos testes
farmacodinâmicos (ligação carotídea, cianeto de potássio) comprovando-se suas
propriedades antianóxicas-anti-isquêmicas. Também foi observada uma ação
antiagregante plaquetária hemorreológica por bloquear a hemólise mecânica e
acelerar a filtração de plaquetas e hemácias, melhorando a irrigação cerebral.
Indicações.
Patologias cerebrais vasculares e
degenerativas. Involução cerebral senil e pré-senil. Déficits cognoscitivos com
alterações da atenção, memória, concentração, afetividade, sociabilidade e
conduta.
Posologia.
A dose média aconselhada é de 50 mg
cada 8 a 12 horas administrados após as refeições. Essa dose pode ser
modificada de acordo com a resposta individual. A eficácia máxima do tratamento
é atingida em 30 a 60 dias.
Superdosagem.
Não há antecedentes com este fármaco.
Os sintomas poderiam corresponder aos efeitos adversos assinalados.
Recomenda-se lavagem gástrica precoce, hidratação, oxigenoterapia e tratamento
sintomático para manutenção das funções vitais.
Reações adversas.
São pouco frequentes e de intensidade
leve; foram observados anorexia, náuseas, cefaleia, rash cutâneo,
prurido, sonolência, mialgias, secura bucal, vertigem, acúfenos. Humoralmente
e, em raras oportunidades, leucopenia, hipercolesterolemia, aumento transitório
das transaminases, ureia, creatinina e fosfatase alcalina.
Precauções.
Administrar com precaução em
indivíduos com insuficiência hepática ou renal. Em pacientes anticoagulados com
derivados dicumarínicos deve-se monitorar o tempo de protrombina, pois pode
prolongar-se.
Contraindicações.
Não foi estabelecido seu efeito sobre
a gravidez e a lactação; consequentemente, recomenda-se não administrar nessas
circunstâncias. Não utilizar em crianças ou em indivíduos com antecedentes de
hipersensibilidade ao fármaco.