Ações terapêuticas.
Antifotossensibilizante.
Propriedades.
O betacaroteno é um pigmento
carotenoide natural, precursor da vitamina A (pró-vitamina A). Estima-se que 6
mg equivalem a 1 mg de vitamina A. Sua biodisponibilidade é maior quando
ingerido junto com alimentos graxos e sua absorção depende da presença de bile
no intestino, por ser lipossolúvel. Administrado por via oral, metaboliza-se
principalmente no intestino à vitamina A; mesmo assim, uma grande proporção é
absorvida sem modificações e depositada nos tecidos adiposos; e somente uma
pequena quantidade é transformada em vitamina A, no fígado. Sua eliminação é
fecal. O consumo de grandes quantidades de betacaroteno não é perigoso; no
entanto, pode aparecer uma coloração amarelada na pele, que desaparece com a
redução do consumo.
Indicações.
O betacaroteno é utilizado na
protoporfiria eritropoética para a redução das reações de fotossensibilidade.
Também como coadjuvante no tratamento das erupções polimórficas causadas pela
luz.
Posologia.
Crianças: de 30 a 150 mg/dia,
preferentemente com as refeições. Adultos: de 30 a 300 mg/dia, preferentemente
com as refeições. Requerem-se várias semanas de tratamento para acumular uma
quantidade que possua eficácia terapêutica nos tecidos; por isso, os pacientes
devem evitar a exposição ao sol durante esse período (seis semanas); além
disso, a proteção não é total, razão pela qual cada paciente deve encontrar
logo seu limite de exposição ao sol.
Reações adversas.
Muito raramente fezes moles,
artralgia.
Precauções.
O betacaroteno não é eficiente como
barreira solar. Por não existirem provas conclusivas, recomenda-se não utilizar
em gestantes, a menos que o benefício para a mãe supere o risco potencial para
o feto.
Interações.
Não é aconselhável o uso simultâneo de
vitamina A pelo potencial risco de hipervitaminose.
Contraindicações.
Hipersensibilidade ao fármaco.