Ações terapêuticas.
Hipolipemiante.
Propriedades.
É um derivado trifluorado que age
normalizando diferentes tipos de patologias dismetabólicas relacionadas com os
lipídeos, carboidratos e purinas. Por esta razão pode ser indicado para
diabéticos, obesos, não-insulino dependentes, pacientes com
hipercolesterolemias, hiperlipidemias, hipertrigliceridemias e estados de
hiperuricemia. Seu mecanismo de ação sobre o metabolismo lipídico deve-se ao
fato de que o fármaco diminui a absorção intestinal de triglicérides e
quilomirons. Ao mesmo tempo reduz a biossíntese hepática de colesterol e
triglicerídeos. Seu mecanismo de ação sobre o metabolismo glicídico é atribuído
a um maior consumo periférico de glicose por ativar a presença de insulina nos
tecidos. Também em pacientes obesos com hiperuricemias se conseguem reduções
humorais de ácido úrico. Sua absorção digestiva após a administração oral é
rápida e completa, atingindo seu pico plasmático entre 1 e 2 horas. Sofre
biotransformação metabólica e se elimina em elevada proporção (74%) pela urina.
Indicações.
Como complemento dos regimes
dietéticos em pacientes diabéticos obesos não-insulino dependentes. Hipertrigliceridemias.
Hipercolesterolemias isoladas ou acompanhadas com hiperuricemias.
Posologia.
A dose média é de 150 mg, três vezes
por dia. Aconselha-se iniciar o tratamento com 150 mg em uma dose única com o
jantar durante a primeira semana.
Efeitos secundários.
Náuseas, diarreia, epigastralgias,
astenia, vômitos, vertigem, rubor no rosto e pescoço, sonolência.
Precauções.
Se após um período de tratamento de 3
a 6 meses não forem obtidos resultados efetivos sobre os níveis séricos
lipídicos, outros agentes terapêuticos (fibratos, estatines) devem ser
adicionados. Em gestantes deve-se avaliar o benefício materno sobre o risco
potencial para o feto.
Contraindicações.
Hipersensibilidade ao fármaco.
Diabetes descompensadas ou complicadas. Pancreatite crônica.