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ASPARAGINASE (Elspar)


Ações terapêuticas.
Antileucêmico.
Propriedades.
A asparaginase (L-asparagina amidoidrolase) é uma enzima extraída da Escherichia coli e outras espécies (Serratia marcescens, Erwinia), que hidrolisa a asparagina para dar ácido aspártico e amoníaco. Seu mecanismo de ação antineoplásico está baseado na capacidade de diminuir os níveis circulantes de asparagina, substância que algumas células leucêmicas, em particular as da leucemia linfocítica aguda, são incapazes de elaborar e obtêm de uma fonte extracelular. As células normais não são afetadas porque são capazes de sintetizar a asparagina que necessitam. A redução plasmática de L-asparagina provocada pela L-asparaginase significa a interrupção do suprimento do aminoácido a essas células e sua conseguinte incapacidade para sintetizar proteínas. A citotoxicidade do fármaco é proporcional à inibição da síntese proteica. Por ser uma proteína, a asparaginase não é absorvida no trato digestivo. Administra-se por via parenteral (IV/IM) e apresenta uma meia-vida plasmática longa (14-22 horas).Embora sua difusibilidade e farmacocinética sejam limitadas no nível do SNC, tem sido empregada como antileucêmico em infiltrações do tecido nervoso.
Indicações.
Leucemia linfocítica aguda. Utiliza-se principalmente em combinação com outros agentes antineoplásicos, na indução de remissões da doença em crianças. Não é recomendada como tratamento de manutenção. Como adjuvante no tratamento da leucemia não-linfocítica aguda e na leucemia linfoblástica aguda resistente a outros tratamentos.
Posologia.
Os regimes recomendados incluem combinações de prednisona, vincristina e asparaginase. Regime 1: prednisona 40 mg/m 2/dia durante 15 dias, depois descontinuar reduzindo a dose à metade cada dois dias; a última dose administrada deve ser de 2,5 mg/m 2/dia; vincristina 2 mg/m 2 de superfície corporal (a máxima dose individual não deve superar os 2 mg) nos dias 1, 8 e 15 desde o início da administração de prednisona; e asparaginase via IV 1.000UI por kg/dia por dez dias sucessivos a partir do dia 22 do início do tratamento. Regime 2: prednisona 40 mg/m 2/dia durante 28 dias, depois descontinuar reduzindo a dose gradualmente em um período não menor de 14 dias; vincristina 1,5 mg/m 2 de superfície corporal (a máxima dose individual não deve superar os 2 mg) nos dias 1, 8, 15 e 22 desde o início da administração de prednisona; asparaginase via IM 6.000UI/m 2 de superfície corporal nos dias 4, 7, 10, 13, 16, 19, 22, 25 e 28 a partir do início do tratamento com prednisona.
Modo de usar.
A administração de asparaginase via IV deve ser realizada por infusão em um período não menor de 30 minutos. A administração de asparaginase via IM deve ser realizada em razão de 2 ml por local de inoculação.
Reações adversas.
Reações alérgicas: erupções, urticária, artralgia, distresse respiratório, anafilaxia aguda, hipertermia fatal; pancreatite, inclusive pancreatite fulminante; hiperglicemia, glicosúria, hipofibrinogenemia, diminuição dos fatores plasmáticos de coagulação VIII, VII e IX: sangramento, coagulopatia. Em alguns casos se têm observado sonolência, fadiga, depressão, coma, confusão, agitação, alucinações, hipoalbuminemia, alteração das enzimas hepáticas séricas, síndrome de má-absorção. Raramente: depressão da medula óssea. Náuseas, vômitos, calafrios e febre.
Precauções.
Não é recomendável realizar a prova de dependência à asparagina como base de seleção de pacientes para o tratamento. As reações anafiláticas à asparagina podem aparecer durante a primeira parte do tratamento; essas reações não são completamente antecipáveis pelas provas intradérmicas. Não utilizar em mulheres grávidas a não ser que o benefício para a mãe supere o risco potencial para o feto. A lactação deve ser suspensa se a mãe tiver que receber asparaginase.
Interações.
O uso de asparaginase pode diminuir ou abolir o efeito citostático do metotrexato, por isso estes agentes não devem ser empregados em conjunto; o metotrexato não deve ser administrado até que os níveis séricos de asparaginase diminuam até os valores normais.
Contraindicações.
Não administrar a pacientes com patologias pancreáticas ou com antecedentes das mesmas, devido ao risco de pancreatite hemorrágica aguda que pode ser fatal. Hipersensibilidade demonstrada à aspariginase. 

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