Ações
terapêuticas.
Antineoplásico.
Propriedades.
A
altretamina, também conhecida como hexametilmelamina, está relacionada
estruturalmente com os agentes alquilantes; mesmo assim, não foi demonstrado in
vitro que o mecanismo de ação antineoplásico do fármaco e seus metabólitos
se relacione com a alquilação do DNA e por enquanto é desconhecido. Sabe-se que
é necessária a metabolização para que ocorra efeito citotóxico; os principais
metabólitos são a pentametilmelamina e a tetrametilmelamina.
Indicações.
Tratamento
paliativo do câncer de ovário persistente ou recorrente, em pacientes que já receberam
tratamento de primeira linha com cisplatina ou agentes alquilantes. Também tem
sido utilizada no tratamento coadjuvante do câncer de mama e do carcinoma
pulmonar de células pequenas.
Posologia.
Por via
oral, as doses são calculadas de acordo com a área corporal; administram-se 260
mg/m 2/dia, em quatro tomadas, durante 14 a 21 dias consecutivos. Se
houver toxicidade hemática ou neurológica, a administração pode ser suspensa
por duas ou mais semanas e depois pode ser reiniciada com 200 mg/m 2/dia.
Se os sintomas não desaparecerem ou retornarem, a administração deve ser
suspensa definitivamente.
Reações
adversas.
Náuseas,
vômitos. Neuropatia periférica, sintomas do sistema nervoso central (alteração
do humor e da consciência, ataxia, tonturas, vertigem); esses efeitos podem
reverter após a suspensão do tratamento. Mielossupressão relacionada com a
dose.
Precauções.
A
altretamina é teratogênica em animais. A lactação deveria ser suspensa se a mãe
deve receber este fármaco. A segurança e a eficácia desse fármaco em crianças
não foram estabelecidas.
Interações.
IMAO:
hipotensão ortostática grave. Cimetidina: poderia incrementar a toxicidade da
altretamina por inibir a sua eliminação. A piridoxina não deveria ser
administrada juntamente com a altretamina.
Contraindicações.
Hipersensibilidade
à altretamina. Pacientes com depressão grave da medula óssea e neurotoxicidade
grave.