Propriedades:
A acetilespiramicina é um antibiótico do grupo dos macrólidos; é ativo contra bactérias Gram-positivas tais como Staphylococcus aureus, Staphylococcus epidermidis, Staphylococcus citreus, Streptococcus pyogenes, Streptococcus faecalis, Streptococcus viridans, Streptococcus pneumoniae, Clostridium tetanii, Corynebacterium diphtheriae, Bacillus anthracis e Bacillus subtilis. Seu espectro de ação também compreende as bactérias Gram-negativas como Bordetella pertussis, Haemophilus influenzae, Neisseria gonorrhoeae e Neisseria meningitidis e outros microrganismos, clamídias (Chlamydia trachomatis), micoplasmas (Mycoplasma pneumoniae), espiroquetas (Treponema pallidum), rickettsias, Legionella pneumophila e alguns protozoários como o Toxoplasma gondii. A acetilespiramicina é absorvida rapidamente após administração por via oral e em maior proporção que a espiramicina, alcançando níveis sanguíneos mais altos e duradouros.Sua união às proteínas plasmáticas é baixa (9%) e se difunde amplamente para o líquido intersticial, alcançando-se assim concentrações teciduais de acetilespiramicina altas e prolongadas. Diferentemente de outros antibióticos deste grupo como a eritromicina, a acetilespiramicina não forma complexos nitroalcanos com o citocromo P-450; devido a este fato, é pouco frequente o desenvolvimento de hepatite. Sua meia-vida não varia de modo apreciável em pacientes com insuficiência renal, visto que apenas 5% a 10% da dose administrada é eliminada pela urina.
Indicações:
Patologias infecciosas bacteriana do aparelho respiratório, ouvido, laringe, estômago, tecidos moles, mucosas e pele causadas por microrganismos sensíveis.
Posologia:
Adultos: via oral 1 g e 2 g por dia, administrados cada 6 a 12 horas. Dose máxima: 3 g a 4 g por dia.
Superdosagem:
Em caso de superdose, os sintomas incluiriam náuseas, vômitos e diarreia. O tratamento recomendado é lavagem gástrica, hidratação do paciente e medicação sintomática.
Reações adversas:
As principais reações adversas compreendem distúrbios gastrintestinais, diarreia, anorexia, náuseas, vômitos, cefaleia e exantema.
Precauções:
Recomenda-se utilizar com precaução em pacientes com insuficiência hepática grave. Estudos pré-clínicos demonstraram que a acetilespiramicina não interfere na fertilidade e na reprodução animal, nem foram observados efeitos sobre a mãe ou o feto quando utilizada em tratamentos, até prolongados, contra toxoplasmose, seja de forma preventiva ou como tratamento. Como o fármaco é eliminado em quantidade elevada através de leite materno, recomenda-se interromper a amamentação para evitar a transferência do antibiótico para o lactente.
Interações:
Não deve ser administrado juntamente com outros macrolídeos nem com penicilinas, cefalosporinas, vancomicina e novobiocina, por serem antagônicos.
Contraindicações:
Hipersensibilidade à espiramicina ou à acetilespiramicina.