Ações terapêuticas.
Hipnótico e sedativo.
Propriedades.
O lormetazepam é um benzodiazepínico
de ação curta, com propriedades similares às do diazepam. Este fármaco é rapidamente
absorvido no trato gastrintestinal e é metabolizado no fígado, dando origem a
um metabólito inativo por conjugação com ácido glicurônico. Sua meia-vida é de
aproximadamente 11 horas.
Indicações.
Tratamento de curto prazo da insônia.
Posologia.
Adultos: via oral, 1 mg ao dia, de 15
a 30 minutos antes de deitar. Em casos de insônia grave ou persistente que não
respondam a este protocolo, a dose pode ser aumentada para 2 mg. Pacientes
idosos ou debilitados: via oral, 0,5 mg ao dia.
Superdosagem.
Em casos de superdose os sintomas são
sonolência, confusão e coma, associados com redução ou ausência de reflexo,
depressão respiratória e hipotensão. O tratamento a seguir, se o paciente
estiver consciente, consiste em induzir o vômito; caso se apresente inconsciente,
deve-se proceder a lavagem gástrica. Além disto, recomenda-se manter a
ventilação pulmonar, corrigir a hipotensão e administrar líquidos por via
intravenosa.
Reações adversas.
As reações adversas mais frequentes
são cefaleias, náuseas, sonolência, visâo turva, vertigens e ataxia no dia
seguinte, normalmente com doses altas. Menos frequentemente podem observar-se
fadiga, vertigens, secura de boca, dispepsia, confusão, excitação, distúrbios
de fala e desencadeamento da depressão.
Precauções.
Após o término do tratamento, podem
apresentar-se alterações do sono a partir da primeira ou segunda noite, porém
não requerem tratamento. Os casos de insônia-rebote são mais frequentes com
doses de 2 mg e, especialmente, quando o fármaco é utilizado durante várias
semanas. Administrar com precaução em pacientes com insuficiência respiratória
crônica, em alterações crônicas da função renal e hepática, e em pacientes com
depressão grave. Em pacientes com idade avançada, debilitados ou com alterações
vasculares cerebrais como arteriosclerose, recomenda-se administrar a metade da
dose para adultos de modo a evitar sedação excessiva ou piora da coordenação.
Não administrar durante a gestação e a amamentação. Não administrar para
crianças, pois a segurança e a eficácia do tratamento com o lormetazepam não
foram estabelecidos nesse grupo etário.Em razão de o uso de benzodiazepínicos
em geral poder levar a dependência, recomenda-se não aumentar as doses
prescritas, não prolongar o tratamento por mais tempo que o recomendado, nem
interrompê-lo subitamente, mas sim ir reduzindo gradualmente as doses.
Interações.
Os efeitos sedativos podem ser
aditivos com os de outros depressores do SNC (analgésicos opioides,
anti-histamínicos H 1, anticonvulsivantes, antidepressivos e álcool).
Pode haver soma de efeitos quando o lormetazepam é associado com fármacos
miorrelaxantes.
Contraindicações.
Hipersensibilidade conhecida a
benzodiazepínicos, miastenia grave e glaucoma de ângulo fechado.