Ações terapêuticas.
Simpatolítico.
Propriedades.
Betabloqueador 1.
Indicações.
Taquicardia supraventricular: para o
rápido controle do ritmo ventricular em pacientes com fibrilação ou flutter
auricular, em casos em que é necessário utilizar um agente de ação de curta
duração. Taquicardia ou hipertensão pré-operatória e pós-operatória: quando
ocorre a indução e intubação endotraqueal, a cirurgia, a saída da anestesia ou
o período pós-operatório, quando o médico julgar necessário. Recomenda-se não
utilizar para prevenir esses episódios. Em ocasiões, é utilizado isoladamente
ou como coadjuvante no tratamento da crise da tirotoxicose, feocromocitoma,
angina instável e no infarto do miocárdio para melhorar a recuperação
pós-isquêmica.
Posologia.
Deve ser diluído a 10-20 mg/ml antes
do seu uso. Não diluir com soluções de bicarbonato de sódio. Taquicardia
supraventricular: a resposta obtém-se em geral com doses de 50 a 200 g/kg/min,
pois com doses maiores não é possível aumentar a resposta e aumenta o risco das
reações adversas. Para iniciar o tratamento, administrar uma infusão de carga de
500 g/kg/min durante um minuto; depois, continuar com uma infusão de
manutenção de 50 g/kg/min durante 4 minutos. Regular a infusão (aumentar ou
diminuir) para manter o efeito terapêutico e se esse não for atingido, pode-se
repetir a mesma dose de carga e incrementar a infusão de manutenção a 100
g/kg/min (4 minutos). Se for suficiente, repetir o esquema, carga de 500
g/kg/min e dose de manutenção de 150 g/kg/min (4 minutos). Quando o efeito
terapêutico for atingido (pressão arterial e ritmo cardíaco desejado),
continua-se com a dose de manutenção mais elevada (200 g/kg/min).Ao conseguir
um controle adequado da freqüência cardíaca ou uma condição clínica estável,
pode-se passar aos antiarrítmicos alternativos em dose de: propranolol (10-20mg
cada 4-6 horas); digoxina (0,125-0,5 mg cada 6 horas); verapamil (80 mg cada 6
horas)!. Para a transição se deve proceder da seguinte maneira: 1) 30 minutos
após a administração da primeira dose do agente alternativo, reduzir a dose de
manutenção de esmolol à metade; 2) na seguinte dose do antiarrítmico
alternativo, se o monitoramento indicar que o paciente responde
satisfatoriamente, suspender a infusão de esmolol. Taquicardia ou hipertensão
intraoperatória: para o controle imediato aplica-se uma infusão em bolus de
80mg (aproximadamente 1 mg/kg) em 30 segundos, seguida de uma infusão de 150
g/kg/min se for necessário. A infusão pode ser regulada até 300 g/kg/min para
manter a pressão arterial ou o ritmo cardíaco desejado. Taquicardia ou
hipotensão pós-operatória: igual à taquicardia supraventricular.
Reações adversas.
Hipotensão sintomática (12%),
hipotensão assintomática (25%). Em menos de 1% dos pacientes tem-se observado
bradicardia, palidez, pré-cordialgias, síncope, edema pulmonar. A suspensão do
tratamento reverte essas manifestações. Tonturas, sonolência, confusão,
agitação e cefaleias foram observadas em 2-3% dos pacientes. Broncospasmo,
dispneia e congestão nasal em menos de 1% dos casos. Náuseas (7%), inflamação e
endurecimento no local da injeção (8%).
Precauções.
Não administrar diretamente por via
intravenosa. Os pacientes com doenças broncospásticas, em geral, não devem
receber betabloqueadores. Empregar com precaução em pacientes com diabetes
mellitus, pois pode mascarar a taquicardia que acompanha a hipoglicemia.
Interações.
Fármacos que causam uma diminuição das
catecolaminas (reserpina): possível efeito aditivo. Em pacientes com função
miocárdica deprimida, a combinação verapamil-esmolol pode provocar parada
cardíaca mortal. Não deve ser utilizado em pacientes que recebem
vasoconstritores e inotrópicos, como dopamina, adrenalina, noradrenalina,
devido ao risco de bloquear a contractilidade miocárdica.
Contraindicações.
Bradicardia sinusal, bloqueio AV de
primeiro grau, choque cardiogênico.