Ações terapêuticas.
Antibacteriano.
Propriedades.
É uma azafluorquinolona, membro da
família das quinolonas. O mecanismo de ação está baseado na inibição da enzima
DNA-girase; seu efeito é bactericida. Sua biodisponibilidade absoluta é de 90%.
Administrado em forma oral, esse fármaco atinge uma Cmáx entre 1 e 3
horas após a ingestão da dose. Meia-vida: entre 3 e 6 horas. O principal local
de excreção é o rim, como fármaco inalterado. Em idosos, as concentrações
médias duplicam-se em relação às observadas com as mesmas doses em adultos
jovens. Nas tubas utetrinas (ou de Falópio), cérvix e miométrio, o fármaco
atinge uma concentração uma ou 2 vezes maiores que a plasmática; no rim e na
próstata a concentração é 2 a 4 vezes maior. O efeito dos alimentos na absorção
do fármaco não foi estudado.
Indicações.
Em infecções em adultos (maiores de 18
anos) causadas por cepas bacterianas suscetíveis; antes de iniciar o tratamento
deve-se realizar um cultivo, isolamento e determinação da suscetibilidade.
Gonorreia cervical ou uretral não-complicada (Neisseria gonorrhoeae).
Cistites causadas por E. coli, Staphylococcus epidermidis, Staphylococcus
saprophyticus. Infecções urinárias complicadas causadas por E. coli,
Klebsiella pneumoniae, Staphylococcus epidermidis, Proteus mirabilis,
Enterobacter cloacae.
Posologia.
Infecções urinárias inferiores
não-complicadas: 200 mg cada 12 horas durante 3 dias. Infecções urinárias
superiores ou complicadas: 200 mg cada 12 horas, durante uma ou duas semanas.
Em casos muito graves essa dose pode ser incrementada a 400 mg cada 12 horas.
Gonorreia uretral ou cervical não-complicada: 400 mg em tomada única.
Superdosagem.
Em caso de superdose é necessário
forçar o esvaziamento gástrico e administrar tratamento de suporte. É pouco
suscetível de eliminação por hemodiálise.
Reações adversas.
Náuseas e vômitos (2%). Dor de cabeça,
tonturas, sonolência, dor abdominal, exantema e candidíase vaginal ocorreram
somente em 1% dos pacientes.
Precauções.
Sua utilização na gonorreia pode
ocultar uma infecção sifilítica simultânea. Informaram-se convulsões e
eletroencefalograma anormal em pacientes que consumiram enoxacina, por isso
deve ser administrada com cuidado em pacientes com antecedentes de epilepsia,
arteriosclerose cerebral severa e transtornos do sistema nervoso central. Pode
ocorrer colite pseudomembranosa. É necessário alterar o esquema posológico em
pacientes com disfunção renal. Evitar a exposição à luz solar forte pelo risco
de fototoxicidade.
Interações.
A ingestão de antiácidos (sais de
alumínio, cálcio e magnésio), subsalicilato de bismuto, sais de ferro,
multivitamínicos e sais de zinco deve ser realizada 8 horas antes ou 2 horas
depois da administração de enoxacina. Evitar o consumo de infusões ou fármacos
que contenham cafeína durante a terapia com enoxacina ou qualquer outra
quinolona.
Contraindicações.
Hipersensibilidade à enoxacina ou a
qualquer outra quinolona.