Ações terapêuticas.
Anti-hipertensivo ocular.
Propriedades.
Trata-se de um inibidor da anidrase
carbônica, formulado para uso oftálmico por via tópica. A anidrase carbônica é
uma enzima encontrada em vários tecidos do organismo, entre os quais os olhos;
sua função é catalizar a reação de hidratação do dióxido de carbono e
desidratação do ácido carbônico. A inibição desta enzima do globo ocular reduz
a produção de humor aquoso devido a uma menor formação de íons bicarbonato, com
subsequente diminuição no transporte de íons sódio e líquidos. Quando a
dorzolamida é aplicada topicamente, o fármaco alcança a circulação sanguínea e
pode acumular-se nos eritrócitos após administração crônica. Sua ligação a
proteínas plasmáticas é moderada; é metabolizada no fígado originando um
metabólito também ativo; é eliminada principalmente por via urinária na forma
de fármaco livre e como metabólito.
Indicações.
Hipertensão ocular ou glaucoma de
ângulo aberto.
Posologia.
Aplicar de forma local 0,6 mg três
vezes ao dia.
Superdosagem.
Não há casos registrados.
Reações adversas.
As mais comuns são: ardor, coceira ou
incômodo imediatamente após a administração. Menos frequentemente
registraram-se: queratite punctata, sinais e sintomas de reação alérgica
ocular, fotofobia, secura ocular, visão turva, lacrimejamento, dor de cabeça,
náuseas, astenia, fadiga, rash cutâneo, urolitíase e iridociclite.
Precauções.
Por ser uma sulfonamida que é
absorvida sistemicamente, a dorzolamida pode causar reações adversas comuns a
outros derivados sulfonamídicos, incluindo a síndrome de Stevens-Johnson, necrólise
epidérmica tóxica, necrose hepática fatal, agranulocitose, anemia aplástica e
outras alterações hematológicas. O uso de dorzolamida não foi estudado em
pacientes com glaucoma agudo de ângulo fechado. A administração de dorzolamida
a ratas no período de lactação produziu diminuição do peso e retardo no
desenvolvimento da cria. Visto não se conhecer se o fármaco é eliminado no
leite materno, aconselha-se administrar a mulheres durante a amamentação
somente se o benefício justificar o risco potencial para o recém-nascido. Em
pacientes pediátricos não foram estudadas a eficácia e a segurança do uso da
dorzolamida.
Interações.
Não administrar de forma simultânea
com outros inibidores da anidrase carbônica, pois podem observar-se alterações
do equilíbrio acidobásico e eletrolítico.
Contraindicações.
Hipersensibilidade à dorzolamida.