Ações terapêuticas.
Anti-hipertensivo.
Propriedades.
Anti-hipertensivo de tipo
quinazolínico, exerce seu efeito vasodilatador pelo bloqueio dos receptores
alfa 1 adrenérgicos pós-sinápticos. A doxazosina é bem absorvida por via oral.
O pico de concentração plasmática ocorre em aproximadamente 2 horas. Apresenta
cinética de eliminação bifásica, com meia-vida de 22 horas. Tem elevada ligação
às proteínas plasmáticas (98%). Cerca de 5% do fármaco eliminam-se sob forma
inalterada. A deficiência renal não interfere significativamente na sua
eliminação. No tratamento da obstrução do fluxo urinário devido à hiperplasia
prostática benigna seu efeito é observado em aproximadamente 2 semanas. A
redução da hipertensão se observa 2 a 6 horas após sua administração,
mantendo-se por cerca de 24 horas. Até o presente não foi descrito
desenvolvimento de tolerância em tratamentos prolongados. A doxazosina produz
também diminuição das taxas de triglicérides e colesterol totais,e elevação da
relação HDL/colesterol total. Tem-se observado regressão na hipertrofia
ventricular esquerda e elevação da sensibilidade à insulina (em pacientes
diabéticos). A doxazosina pode ser administrada tanto em pacientes normotensos
como hipertensos.
Indicações.
Hiperplasia prostática benigna: para o
tratamento dos sintomas associados a ela; obstrução urinária, sintomas
obstrutivos, sintomas irritativos. Hipertensão arterial: como agente único ou
em combinação com outras drogas (diuréticos tiazídicos, betabloqueadores), IECA
(inibidores da enzima transformadora da angiotensina) e antagonistas cálcicos.
Posologia.
Hipertensão: iniciar com dose única de
1 mg dia, aumentando para 2 mg/ dia, após uma ou duas semanas, segundo a
necessidade do paciente; intervalos similares devem ser respeitados para
aumentar para 4,8 e até o máximo de 16 mg/dia (dose recomendada: 2 a 4 mg/dia).
Hiperplasia prostática benigna: iniciar com dose única de 1 mg/dia, aumentando
para 2 mg/dia, após uma ou duas semanas, segundo a necessidade do paciente;
intervalos similares devem ser respeitados para aumentar para 4 e até o máximo
de 8 mg/dia (dose recomendada: 2 a 4 mg/dia).
Superdosagem.
Em caso de hipotensão, o paciente
deverá ser colocado em posição supina, com a cabeça para baixo e iniciar
tratamento sintomático.
Reações adversas.
Enjôos, cefaleias, cansaço, mal-estar,
vertigem, edema, astenia, sonolência, náusea e rinite. Raramente observa-se
incontinência urinária. Taquicardia, palpitações, dores no peito, angina
pectoris. Infarto do miocárdio tem sido observado em pacientes hipertensos, mas
não pode ser atribuído somente à doxazosina.
Precauções.
Sua administração pode afetar a
capacidade de operar máquinas pesadas e dirigir veículos, especialmente no
princípio do tratamento. O risco-benefício deve ser avaliado durante a gravidez
e o aleitamento. A segurança e a eficácia do fármaco em crianças não foram
ainda estabelecidas.
Contraindicações.
Hipersensibilidade aos derivados
quinazolínicos.