Ações terapêuticas.
Cicloplégico, midriático.
Propriedades.
Fármaco anticolinérgico que bloqueia a
resposta do músculo do esfíncter da íris e do músculo acomodador do corpo
ciliar à estimulação da acetilcolina. Produz dilatação da pupila (midríase) e
paralisia da acomodação (ciclopegia). Sua ação é rápida e a duração
relativamente curta, pois a ciclopegia e a midríase residual perduram
aproximadamente por 24 horas.
Indicações.
É indicada para a medição dos erros de
refração. Em oftalmoscopia, para produzir ciclopegia em procedimentos
diagnósticos, como também midríase. Tratamento de uveíte e estados
inflamatórios da íris. Midríase pré-operatória e pós-operatória.
Posologia.
Dose usual para adultos refração
cicloplégica: aplicar de forma tópica na conjuntiva 1 gota de solução a 1% ou
2%, repetindo aos 5 minutos, com refração programada durante 40 ou 45 minutos
após a segunda dose; para oftalmoscopia: 1 gota de solução a 1% ou 2% repetindo
aos 5 minutos; uveíte: uma gota de solução a 0,5% ou 1%, 3 a 4 vezes ao dia.
Doses pediátricas prematuros e lactentes pequenos: 1 gota de solução a 0,5%
como dose única. Crianças: 1 gota de solução a 1% ou 2%, repetindo a cada 5
minutos, com refração programada durante 40 ou 45 minutos após a segunda dose;
oftalmoscopia: uma gota de solução a 0,5% ou 1%; uveíte: 1 gota de solução a
0,5% ou 1%, 3 a 4 vezes ao dia. Em neonatos não se recomenda a utilização de
concentrações superiores a 0,5%.
Reações adversas.
Foi descrito aumento da sensibilidade
ao ciclopentolato em lactentes ruivos, pacientes com síndrome de Down e em
crianças com paralisia espástica ou lesão cerebral. Requerem atenção médica os
sinais de toxicidade sistêmica: instabilidade, confusão, febre, taquicardia,
sufoco, alucinações, erupção cutânea, sonolência, cansaço ou debilidade
não-habitual. Pode ocorrer fotossensibilidade.
Precauções.
Esta droga produz visão turva; se o
sintoma persistir por mais de 36 horas após a suspensão da medicação, o médico
deverá ser consultado; também se persistir o aumento da fotossensibilidade
ocular por mais de 36 horas. Em pacientes com olhos marrons pode ser necessária
uma instilação mais frequente ou o uso de uma concentração mais elevada que em
pacientes de olhos azuis. Para evitar a absorção sistêmica excessiva, o
paciente deve pressionar com os dedos o saco lacrimal durante a instilação e
por 1 a 2 minutos após.
Interações.
O ciclopentolato pode interferir com a
ação antiglaucomatosa do carbacol ou da pilocarpina; estes medicamentos
antagonizam o efeito midriático do ciclopentolato. Os inibidores oftálmicos da
colinesterase podem ter antagonizada sua ação antiglaucomatosa e miótica pelo
ciclopentolato.
Contraindicações.
A relação risco-benefício deve ser
avaliada nos seguintes casos: lesão cerebral em crianças, síndrome de Down,
glaucoma de ângulo fechado, paralisia espástica em crianças.