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CETOCONAZOL


Ações terapêuticas.

Antifúngico.
Propriedades.
Trata-se de uma droga fungistática, que pode ser fungicida, na dependência de sua concentração. Inibe a biossíntese de ergosterol ou outros esteróis, causando lesão da membrana celular do fungo e alterando sua permeabilidade; inibe a biossíntese de triglicerídeos e fosfolipídeos dos fungos e a atividade enzimática oxidativa e peroxidativa. Em candidíase por C. albicans, inibe a transformação dos blastosporos em sua forma micelial invasiva. É absorvida com facilidade por via oral, e liga-se principalmente à albumina plasmática. É metabolizada no fígado e sua concentração máxima é alcançada de 1 a 4 horas após a sua administração. Sua eliminação é feita principalmente por via biliar; 13% são eliminados por via renal. Também é eliminada no leite materno.
Indicações.
Blastomicose, candidíase disseminada ou localizada. Cromomicose. Coccidioidomicose. Histoplasmose. Tineas. Paracoccidioidomicose.
Posologia.
O fármaco deve ser administrado juntamente com alimentos de modo a reduzir as náuseas e vômitos e facilitar sua absorção. Forma oral: 200 mg uma vez ao dia durante 3 a 5 dias (candidíase vulvovaginal); 200 a 400 mg uma vez ao dia em infecções fúngicas do trato urinário; septicemia fúngica: 400 mg a 1 g uma vez ao dia. Tineas: 200 mg uma vez ao dia durante 5 ou 10 dias. Outras infecções: 200 a 400 mg uma vez ao dia. Dose máxima: até 1 g diário. Doses pediátricas usuais: lactantes e crianças até os 2 anos de idade: não há uma posologia estabelecida nesta faixa etária; crianças com idade superior a 2 anos: oral: de 3,3 a 6,6 mg/kg, uma vez ao dia. Creme: aplicar na região da pele afetada e zonas adjacentes duas vezes ao dia.
Reações adversas.
Náuseas, vômitos, diarreias, enjoos, sonolência. Rash cutâneo ou prurido. Caso estas manifestações persistam, deverão ser submetidas a atenção médica. Caso ocorram urina escura, fezes pálidas, cansaço ou debilidade não habituais, ou icterícia, a atenção médica deverá ser providenciada de modo imediato. Houve descrição de casos de hepatite em crianças e de hepatotoxicidade, em geral reversível pela suspensão do tratamento com cetoconazol.
Precauções.
O cetoconazol atravessa a placenta e pode provocar problemas fetais durante o primeiro trimestre da gravidez. Recomenda-se não prescrevê-lo durante a gravidez e a amamentação, dado que se excreta no leite materno e pode aumentar a possibilidade de kernicterus no lactente. Na forma tópica não deve ser usado para tratamentos oftálmicos e no nível de pele pode produzir dermatite ou sensação de queimação durante o tratamento. Estudos em animais revelaram que cetoconazol pode desenvolver efeitos carcinogênicos; não obstante, este efeito não foi comprovado em seres humanos.
Interações.
A administração simultânea com medicação que diminua a secreção gástrica ou sua acidez (anticolinérgicos, antiácidos, bloqueadores H 2) causa diminuição de sua absorção. Existe possibilidade de risco de potenciação dos efeitos dos anticoagulantes orais do tipo da antivitamina K. Pode potencializar fármacos hepatotóxicos (por exemplo griseofulvina). Aumenta as concentrações plasmáticas de ciclosporina e o risco de nefrotoxicidade. O uso concomitante de antagonistas do receptor H 2 da histamina (cimetidina, famotidina, ranitidina) produz redução da absorção de cetoconazol. O uso concomitante de rifampicina ou isoniazida produz redução significativa das concentrações séricas de cetoconazol ou de rifampicina. A administração conjunta com fenitoína pode ocasionar alteração do metabolismo de um ou ambos os medicamentos.
Contraindicações.
Hipersensibilidade ao cetoconazol. Doença hepática. Gravidez. Amamentação. Evitar a ingestão de bebidas alcoólicas. A relação risco-benefício deverá ser ponderada em casos de: acloridria, alcoolismo ativo ou tratado ou na disfunção hepática. 

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