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CEFEPIMA


Ações terapêuticas.

Antibiótico.
Propriedades.
A cefepima é uma nova cefalosporina injetável de quarta geração, com atividade bactericida sobre numerosos microrganismos Gram-positivos, Gram-negativos e enterobacteriáceas, como Enterobacter cloacae, Enterobacter aerogenes, Citrobacter freundii, Providencia, Pseudomonas aeruginosa, Serratia, Morganella etc., inclusive cepas produtoras de betalactamases, responsáveis de sepsias graves ou infecções nosocomiais, resistentes aos antibióticos tradicionais. É inativo diante de Bacteroides fragilis e Clostridium difficile. O mecanismo de ação é similar ao das outras cefalosporinas, ou seja, inibe a síntese da parede bacteriana celular à qual se liga pela sua grande afinidade com as PBP 3 (proteínas ligadoras de penicilina). Não obstante, uma diferença com outras cefalosporinas é sua maior afinidade pelos PBP 2 da parede dos Gram-negativos; além disso, sua atividade antibacteriana pode ser maior porque o sítio de ligação pode ser saturado com menos moléculas.Devido à sua estrutura química, a cefepima penetra pelas porinas parietais mais rapidamente que outras cefalosporinas (como a ceftazidima e a cefotaxima) razão pela qual esse novo agente atinge uma maior concentração nas células bacterianas. Uma hora após a sua administração parenteral, em doses variáveis de 500, 1.000 e 2.000 mg, atingem-se níveis plasmáticos de 21,6, 44,5 e 85,8 g/ml, respectivamente. Sua meia-vida plasmática é de aproximadamente 2 horas. É difundida com facilidade por diferentes tecidos e é excretada preferentemente (85%) por via renal, mediante filtração glomerular. Seu grau de ligação às proteínas é baixo (< 20%).
Indicações.
Infecções graves por microrganismos sensíveis. Infecções abdominais, ginecológicas, obstétricas, das vias urinárias, respiratórias, pele e tecidos moles. Doença inflamatória pélvica, endometrite, abcessos, septicemias, neumonia hospitalar, osteomielite. Tratamento empírico em pacientes neutropênicos febris.
Posologia.
A dose média aconselhada é de 1 grama cada 12 horas, por via IM ou IV. Essa dose e as vias de administração variam segundo a necessidade clínica (sensibilidade de microrganismos, gravidade da sepsia e função renal do paciente). A duração média do tratamento oscila entre 7 a 10 dias, mas pode ser prolongada em infecções graves ou complicadas.
Reações adversas.
A tolerância clínica é boa, embora foram informados alguns casos (1% a 3%) de diarreia, cefaleia, erupção cutânea, náuseas, vômitos e urticária. A nível humoral observam-se anormalidades transitórias e ocasionais, como aumento da ureia ou da creatinina, da fosfatase alcalina, da bilirrubina total e eosinofilia.
Precauções.
Em pacientes com insuficiência renal (clearance de creatinina < 30ml/min) a dose deverá ser ajustada, mas isso não se faz necessário em pacientes com função hepática deteriorada.
Contraindicações.
Hipersensibilidade às cefalosporinas ou a antibióticos betalactâmicos. Insuficiência renal grave. 

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