Ações terapêuticas.
Antiulceroso. Antagonista dos
receptores H 2 da histamina.
Propriedades.
Antagoniza a ação da histamina por
bloqueio competitivo e seletivo dos receptores H 2. Atravessa a
barreira placentária e é excretada no leite materno. Absorve-se bem e
rapidamente (50% aproximadamente de uma dose oral) no trato gastrintestinal.
Sua união às proteínas é baixa e metaboliza-se no fígado. A duração da ação
basal e estimulada é de até 4 horas, e noturna até 12 horas. Elimina-se por via
renal (30% de uma dose oral e 70% de uma dose parenteral são eliminados
inalterados em 24 horas).
Indicações.
Úlcera duodenal. Úlcera gástrica.
Síndrome de Zollinger-Ellison. Tratamento de hemorragias esofágicas e gástricas
com hipersecreção e profilaxia da hemorragia recorrente em pacientes com úlcera
sangrante. Esofagite péptica. No pré-operatório de pacientes com risco de
aspiração ácida (síndrome de Mendelson).
Posologia.
Em adultos a dose usual é de 150 mg
por via oral, 2 vezes ao dia, ou uma dose única de 300 mg à noite. Esta dose
deverá ser mantida durante 4 a 6 semanas, mas pode ser suspensa antes, se o
tratamento for efetivo. Na síndrome de Zollinger-Ellison, a dose inicial é de
150 mg, 3 vezes ao dia; se for necessário, a dose pode ser aumentada até um
máximo de 900 mg/dia. Na prevenção da síndrome de Mendelson, ministrar 1 dose
oral de 150 mg, 2 horas antes da anestesia geral. Via intravenosa: de forma
lenta (mais de 1 minuto) 50 mg, ou então numa infusão à razão de 15 mg/hora,
durante 2 horas, que pode repetir-se, em casos graves, a cada 6 ou 8 horas.
Reações adversas.
São raras e de escassa importância.
Cefaleias ou erupção cutânea transitória, vertigem, constipação, náuseas. Em
alguns casos foram observadas reações de tipo anafilático (edema
angioneurótico, broncospasmo).
Precauções.
A ranitidina não deve ser utilizada
para corrigir dispepsias, gastrite nem incômodos menores. Deve-se ter precaução
em pacientes com doença hepática preexistente. Geralmente, a suspensão do
tratamento em úlcera duodenal recorrente reativa o processo ulceroso. Para
evitar estas recaídas, recomenda-se, após o tratamento inicial, instaurar uma
terapêutica de manutenção de 150 mg/dia ao deitar-se, até que a possibilidade
de recaída seja nula. A dose deve ser reduzida em pacientes com disfunção renal
avançada: 150 mg à noite, durante 4 a 8 semanas.
Interações.
A ranitidina pode aumentar o pH
gastrintestinal, por isso sua administração simultânea com cetoconazol pode
produzir uma redução marcada da absorção deste.
Contraindicações.
Hipersensibilidade à droga. Sua
prescrição deve ser evitada durante a gravidez e o período de lactação. A
relação risco-benefício deverá ser avaliada na disfunção hepática ou renal.