Ações terapêuticas.
Anti-helmíntico.
Propriedades.
Esta droga não é vermicida nem
ovicida; atua nos helmintos como bloqueador neuromuscular despolarizante e lhes
produz contração repentina, seguida de paralisia. Atua como inibidor da
colinesterase e como estimulante ganglionar. Os helmintos perdem a capacidade
de manter sua posição no lúmen intestinal e são expelidos do corpo por
peristaltismo com as fezes. Absorve-se muito pouco e incompletamente no trato
gastrintestinal. Mais do que 50% são eliminados por via fecal como fármaco
inalterado e menos de 15% são excretados na urina como metabólitos e como
fármaco inalterado.
Indicações.
Ascaridíase causada por Ascaris
lumbricoides, enterobíase por Enterobius vermicularis. Infecções
múltiplas por helmintos.
Posologia.
Adultos: ascaridíase e enterobíase, 11
mg/kg como dose única; pode ser repetida em 2 ou 3 semanas, se necessário. Dose
máxima: até 1 g. Crianças maiores de 2 anos: dose de adulto.
Reações adversas.
Não são frequentes com doses usuais
(11 mg/kg), mas são consideravelmente mais frequentes com doses elevadas, sem
que aumente a eficácia do fármaco. Sinais de superdosagem: espasmos, debilidade
muscular, sensação de tontura, colapso, dificuldade para respirar ou erupção
cutânea. São de incidência menos frequente: diarréia, tonturas, sonolência,
anorexia, náuseas ou vômitos.
Precauções.
Devido à grande possibilidade de
contágio, no caso de oxiuríase recomenda-se tratar todos os membros da família
de uma só vez, e administrar uma segunda dose no final de 2 a 3 semanas do
tratamento inicial. Se ocorrer anemia, suplementos de ferro deverão ser
ingeridos durante o tratamento e durante os 6 meses seguintes.
Interações.
A piperazina pode antagonizar a ação
anti-helmíntica do pirantelo.
Contraindicações.
A relação risco-benefício deverá ser
avaliada na presença de insuficiência hepática.