Ações terapêuticas.
Antibiótico.
Propriedades.
É uma quinolona fluorada
(fluorquinolona) semelhante ao norfloxacino, ciprofloxacino, ofloxacino,
enoxacino, que desenvolve ação bactericida sobre a maioria dos microrganismos
patogênicos Gram-positivos e Gram-negativos; enterobacteriáceos; bactérias
produtoras de betalactamases inclusive Pseudomonas aeruginosa. Seu
mecanismo de ação, como as demais fluorquinolonas, é realizado por inibição da
enzima DNA-girase bacteriana e interfere na replicação do DNA. É um bactericida
ativo por via oral e parenteral e possui uma elevada biodisponibilidade sérica
e tissular com elevado índice de penetração (próstata, rins, osso), permitindo
seu emprego como medicação única ou associada a outros antibacterianos. Seu
espectro antimicrobiano é muito amplo e semelhante ao do ciprofloxacino. Possui
uma ampla e rápida absorção digestiva, apresenta uma baixa ligação proteica
(20%) e sofre uma biotransformação metabólica hepática; elimina-se na urina em
elevadas concentrações.
Indicações.
Infecções ambulatoriais e hospitalares
provocadas por germes sensíveis. Septicemia, endocardite, meningite, infecções
de diferentes localizações (geniturinárias, ORL, cutâneas, ginecológicas,
ósseas, hepatobiliares, respiratórias, abdominais).
Posologia.
A dose média em indivíduos com função
hepática normal é de 400 mg cada 12 horas, administrados, de preferência, com
as refeições. Em sepsias graves (septicemias, bacteremias) aplicar 400 mg por
flebóclise durante uma hora diluídas em 250 cm 3 de dextrose em água
a 5% cada 12 horas. O pefloxacino não deve ser diluído em soluções isotônicas
salinas nem em perfusões que contenham cloro, pois é inativado. Em sepsias
graves ou em indivíduo com insuficiência hepática recomendam-se 8 mg/kg
perfundidos durante 1 hora cada 12 horas. Caso existam sintomas de
insuficiência hepática grave (ascite, icterícia) administrar a flebóclise cada
48-72 horas.
Efeitos secundários.
São pouco frequentes, mas foram
descritos transtornos digestivos (náuseas, vômitos, epigastralgias), fenômenos
alérgicos, rash cutâneo, prurido, artralgias, mialgias, tendinites,
ruptura do tendão de Aquiles, cefaleia, insônia, nervosismo,
fotossensibilidade, eosinofilia, vertigem, elevação das enzimas hepáticas.
Precauções.
Durante a administração dessa
fluorquinolona não é recomendada a exposição aos raios solares ou
ultravioletas, pois podem ser desencadeados fenômenos de fotossensibilidade
cutânea. O paciente deve ser informado sobre a possível ruptura do tendão de
Aquiles, que geralmente ocorre de forma precoce durante as primeiras 48 horas e
pode ser bilateral. Caso haja manifestações de dor, inflamação, edema,
tendinite, aquiléia, o tratamento deve ser interrompido imediatamente. Empregar
com precaução em pacientes com antecedentes de afecções convulsivantes.
Contraindicações.
Hipersensibilidade às fluorquinolonas.
Crianças e adolescentes menores de 18 anos ou até que tenham completado o
período de crescimento. Pacientes com antecedentes de tendinite ou tratados com
corticoterapia prolongada. Déficit de glicose 6-fosfato desidrogenase. Gravidez
e lactação.