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METENAMINA


Ações terapêuticas.

Antibacteriano.
Propriedades.
A metanamina é um antisséptico das vias urinárias cuja atividade se deve ao formaldeído. Quase todas as bactérias são sensíveis ao formaldeído livre em concentrações de cerca de 20 g/ml. Os microrganismos que degradam a uréia (por exemplo a espécie Proteus) tendem a elevar o pH da urina e, portanto, a inibir a liberação do formaldeído a partir da metenamina. A grande maioria dos microrganismos é sensível ao formaldeído e não há desenvolvimento de resistência. A absorção da metanamina é rápida, porém no ácido gástrico sofre hidrólise em aproximadamente 10% a 30%, se o medicamento não possuir revestimento entérico. Distribui-se facilmente por todos os tecidos e líquidos corporais, porém sua ação realiza-se somente em nível renal, pois a hidrólise do composto é desprezível em pH superior a 6,8. A metenamina não é fármaco primário no tratamento das infecções agudas das vias urinárias, porém é de valor no tratamento supressivo crônico. A metenamina tem maior utilidade quando o microrganismo causal é a E.coli; entretanto, em geral pode suprimir os microrganismos Gram-negativos comuns e, com freqüência, Staph. aureus e Staph. epidermidis. Via de regra, Enterobacter aerogenes e Proteus vulgaris são resistentes. As bactérias que degradam a uréia (sobretudo Proteus) dificultam o controle do pH urinário. O médico deve empenhar-se em manter o pH abaixo de 5,5.
Indicações.
Profilaxia e tratamento das infecções bacterianas do trato urinário inferior. Cistite. Uretrite.
Posologia.
Adultos: oral, 1 g cada 6 horas. Dose limite: até 12 g diários. Dose pediátrica: crianças menores de 6 anos, oral, 18,3 mg por kg de peso corporal, cada 6 horas. Crianças de 6 a 12 anos: oral, 500 mg cada 6 horas. Crianças maiores de 12 anos: igual aos adultos.
Reações adversas.
Hematúria, dor na parte inferior das costas, dor ou ardor ao urinar, náuseas, rash cutâneo, incômodos gástricos.
Precauções.
Não foram descritos problemas em seres humanos, apesar de atravessar a barreira placentária e ser excretada no leite materno.
Interações.
Alcalinizantes urinários (antiácidos que contêm cálcio ou magnésio, inibidores da anidrase carbônica, citratos, bicarbonato de sódio), diuréticos tiazídicos, sulfamidas.
Contraindicações.
A relação risco/benefício deve ser avaliada nos seguintes problemas clínicos: desidratação severa, disfunção hepática grave, disfunção renal grave. 

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