Ações
terapêuticas.
Antibiótico.
Propriedades.
Trata-se
de um antibiótico bactericida do grupo dos aminoglicosídeos (gentamicina,
amicacina), eficaz contra diversos microrganismos Gram-positivos e
Gram-negativos. Entre as bactérias Gram-positivas sensíveis, encontram-se: Staphylococcus
aureus resistentes à meticilina e aos antibióticos betalactâmicos: Staphylococcus
pyogenes. Os microrgarnismos Gram-negativos sensíveis são: Haemophilus
influenzae, escherichia coli, enterobacter cloacae, citrobacter freundii,
pseudomonas aeruginosa, klebesiella pneumoniae, klebsiella oxytoca, Proteus
mirabilis, Proteus Vulgaris, Proteus morganii, Shigella marcescens,
Acinetobacter calcoaceticus. O mecanismo de ação é semelhante ao dos
aminoglicosídeos, por interferência no sistema de transporte ribossômico e de
membranas, e inibição da síntese proteica bacteriana.
Indicações.
Infecções
sistêmicas, bacteriemias, septicemias, infecções dos tratos respiratórios e
urinário produzidas por bactérias sensíveis, incluindo Staphylococcus aureus
meticilinarresistentes.
Posologia.
Adultos:
150-200 mg por dia, em duas aplicações, IM ou IV. Em pacientes com
insuficiência renal: depuração de creatinina 20-50 ml/min, IM profunda ou IV,
dose inicial de 75-100 mg cada 12 a 24 horas. Depuração de creatinina < 20
ml/min, IM profunda ou IV, dose inicial de 75-100 mg, cada 24 a 48 horas.
Reações
adversas.
Compreendem
convulsões, vertigem, zumbidos, sensação de ouvidos tapados, exantema, prurido,
rubor, febre, urticária. Mais ocasionalmente, registraram-se transtornos do
oitavo par craniano, icterícia, elevação das enzimas hepáticas (GOT, GPT, LDH e
gama-GT) e de alfa-1-globulina, insuficiência renal aguda, proteína, alterações
eletrolíticas, anemia, hematúria, leucopenia, trombocitopenia, eosinofilia,
diarreia, amolecimento das fezes, dores abdominais, mal-estar geral, vômitos,
anorexia, prurido ou enduração no local de injeção, avitaminose K manifestada
como hipoprotrombinemia, avitaminose B (glossite, estomatite, anorexia,
neurite), cefaleias e adormecimento de extremidades.
Precauções.
Para
evitar o desenvolvimento de bactérias resistentes, recomenda-se administração
logo após a confirmação da sensibilidade do agente infeccioso. Aconselha-se
avaliação periódica da função renal do paciente em tratamento, especialmente em
idosos ou enfermos gravemente comprometidos. Do mesmo modo, recomenda-se
realizar exames de controle de audição em pacientes com disfunção renal,
tratados por períodos prolongados ou com altas doses de arbecacina, em idosos e
naqueles com antecedentes familiares de surdez por aminoglicosídeos. Caso haja
toxicidade auditiva, esta compromete inicialmente a audição de sons de alta
frequência; assim, para evitar as alterações de modo precoce, recomenda-se
utilizar frequências de 8 Khz nas audiometrias. Deve evitar-se o uso simultâneo
de fármacos com risco potencial de provocar toxicidade renal ou do oitavo par
craniano. A arbecacina deve ser administrada com precaução em pacientes com
miastenia em função do risco de manifestação de depressão respiratória por
bloqueio neuromuscular.Não deve ser administrada em casos de avitaminose K sem
prévia revisão desta deficiência, pois podem apresentarem-se hemorragias,
especialmente em idosos. Como sua administração durante a gravidez pode afetar
o nervo auditivo do feto, recomenda-se evitar seu uso durante a gestação, salvo
se os benefícios para a mãe superem o risco potencial para o feto.
Interações.
Os
dextranos, diuréticos (ácido etacrínico) e a probenecida não devem ser
administrados simultaneamente com arbecacina, pois podem favorecer toxicidade
renal secundária. A associação com ampicilina, imipeném, cefmetazol,
piperacilina ou flomoxefe pode diminuir a eficácia da arbecacina, razão pela
qual recomenda-se administrá-los por vias distintas. A arbecacina pode ser
administrada com cuidado em pacientes que recebem simultaneamente anestésicos e
relaxantes musculares, pela possibilidade de depressão respiratória devida a
bloqueio neuromuscular.
Contraindicações.
Hipersensibilidade
aos aminoglicosídeos, antecedentes de surdez secundária à administração de
aminoglicosídeos ou hipoacusias de outras origens, insuficiência renal ou
hepática graves, gravidez, crianças e mulheres em período de amamentação.