Ações terapêuticas.
Anestésico.
Propriedades.
É um anestésico geral inalatório que
atua deprimindo a percepção das sensações na consciência ao interferir no
funcionamento fisiológico de algum mecanismo da matriz lipídica das membranas
dos neurônios do cérebro. O isoflurano é absorvido rapidamente na circulação
através dos pulmões e o início da ação é muito rápido, assim como o tempo de
recuperação. Seu metabolismo é principalmente hepático, e aproximadamente 95%
eliminam-se sem alterações por exalação e o resto por via renal.
Indicações.
Indução e manutenção da anestesia
geral. Em baixas doses, é empregado para proporcionar analgesia em obstetrícia
e para intervenções que não requerem perda da consciência e como suplemento de
outros anestésicos em cesáreas.
Posologia.
Adultos. Indução: inalação de 1,5 a
3%. Manutenção: inalação de 1% a 3,5%. Quando é utilizado como indutor da
anestesia, recomenda-se que a concentração seja aumentada lentamente, por
exemplo, entre 0,1 e 0,25 em cada variação de respirações.
Reações adversas.
Tremores, náuseas ou vômitos leves,
dor de cabeça, confusão, alucinações, ansiedade, excitação, nervosismo,
coloração azul da pele (hipoxia).
Precauções.
Atravessa a barreira placentária e, em
animais, demonstrou-se que produz fetotoxicidade. Também produz relaxamento
uterino dose-dependente durante o parto, podendo retardá-lo e aumentar a
hemorragia pós-parto, assim como incrementar o risco de depressão neonatal se a
mãe esteve exposta a altas concentrações deste anestésico.
Interações.
Ingestão crônica de álcool,
polimixinas sistêmicas, aminoglicosídeos sistêmicos, capreomicina, sangue
citratado, lincomicina sistêmica, bloqueadores neuromusculares
não-despolarizantes, amiodarona, anticoagulantes derivados da cumarina ou da
indandiona, anti-hipertensivos, clorpromazina, diuréticos, antimiastênicos,
bloqueadores beta-adrenérgicos, catecolaminas, efedrina, levodopa, metaraminol,
metoxamina, medicamentos depressores do sistema nervoso central, doxapram,
indutores de enzimas hepáticas, isoniazida.
Contraindicações.
Não deve ser utilizado em pacientes
com hipertermia maligna. A relação risco-benefício deve ser avaliada nos
seguintes casos: trauma na cabeça, aumento da pressão intracraniana
preexistente, lesões intracranianas com ocupação de espaços ou tumores, miastenia
gravis.