Ações terapêuticas.
Broncodilatador.
Propriedades.
Trata-se de um derivado amônia
quaternária da atropina. A broncodilatação é produzida mais como efeito local e
limitado ao lugar da ação que como efeito sistêmico. Atua por inibição
competitiva dos receptores colinérgicos do músculo liso brônquico. Este efeito
contraria a ação da acetilcolina no seu receptor de membrana e bloqueia a ação
broncorrestritiva dos impulsos vagais eferentes. Pode também inibir a ação dos
mediadores químicos potencializada pela acetilcolina, mediante ao bloqueio dos
receptores colinérgicos da superfície dos matócitos. A absorção sistêmica é
mínima; não atravessa a barreira hematoencefálica. Pequena quantidade da droga
que pode ser absorvida é metabolizada no fígado. O início de sua ação fica
evidente em 5 a 15 minutos e dura ao redor de 3 a 4 horas. É eliminada por via
fecal, 90% de forma inalterada.
Indicações.
Broncospasmo associado com doença
pulmonar obstrutiva crônica, incluindo bronquite crônica e enfisema pulmonar.
Coadjuvante no tratamento da asma brônquica.
Posologia.
Pode ser utilizada simultâneamente com
agonistas beta: teofilina, cromoglicato dissódico. Dose para inalação: adultos
18 a 40 mg, ou 1 a 2 inalações 3 ou 4 vezes ao dia, deixando passar ao menos 4
horas entre uma e outra inalação; em pacientes geriátricos a dose pode ser
menor. Dose máxima: 12 inalações ao dia. Crianças menores de 12 anos: a dose
não foi estabelecida.
Reações adversas.
Geralmente, não aparecem efeitos
adversos com doses terapêuticas dado as baixas concentrações sanguíneas. Pode
aparecer tosse ou secura na garganta, cefaleias, tonturas, nervosismo, náuseas,
visão turva, congestão nasal, tremores, cansaço ou debilidade não habituais,
erupção cutânea ou urticária e estomatite.
Precauções.
Não utilizar aerossóis para inalação
de agonistas beta e de ipratrópio em sequência rápida, e tampouco de
corticóides ou cromoglicato dissódico. Não foram reportados problemas
relacionados com pacientes idosos.
Interações.
O uso sequencial com ipratrópio de
aerossóis com corticoides, cromoglicato dissódico ou simpaticomiméticos aumenta
o risco de toxicidade por fluorocarbono. O uso simultâneo com outros
antimuscarínicos pode produzir efeitos aditivos.
Contraindicações.
A relação risco-benefício deverá ser
avaliada na presença de obstrução do colo vesical, hipertrofia prostática,
glaucoma de ângulo fechado e retenção urinária.