Ações terapêuticas.
Meio de contraste radiológico.
Propriedades.
É um meio de contraste radiológico,
hidrossolúvel, não-iônico, para o uso intravascular, intratecal e
intra-arterial cuja molécula contém 49,01% de iodo. Via intratecal: o iopamidol
passa do líquido cefalorraquidiano para o sangue, sendo totalmente eliminado
pela urina em 24 horas. Não sofre metabolismo ou deionização significativa. Via
intravascular: após a administração, o iopamidol é eliminado por filtração
glomerular e, na sua passagem, permite observar todos os vasos sangüíneos até
se hemodiluir significativamente. Não é metabolizado. Noventa por cento da dose
são eliminados em 24 horas. Atravessa a placenta por difusão simples mas não
atravessa a barreira hematoencefálica de modo significativo.
Indicações.
Via intravascular: contraste em
tomografia computadorizada de cabeça e pescoço. Tumores: gliomas,
glioblastomas, astrocitomas, oligodendrogliomas, gangliomas, ependimomas,
mieloblastomas, meningiomas, neuromas, pinealomas, adenomas pituitários,
germinomas, lesões metastáticas. Angiocardiografia, aortografia, flebografia,
tomografia computadorizada do corpo e cabeça, angiografia por subtração digital
de cabeça, pescoço, abdome, rins, vasos periféricos, arteriografia periférica e
urografia excretora. Infarto cerebral, aneurismas, má-formações arteriovenosas.
Lesões hepáticas, pancreáticas, renais, da aorta, do mediastino, da cavidade
abdominal, da pélvis e do espaço retroperitoneal. Via intratecal: mielografia
(lombar, torácica, cervical, colunar total), tomografia computadorizada
(mielografia, cisternografia, ventriculografia). Via intra-arterial:
angiografia por subtração digital da vascularização abdominal e cerebral.
Posologia.
Soluções de iopamidol das
concentrações equivalentes de iodo devem ser administradas nos volumes
necessários em cada caso. Arteriografia cerebral e periférica: 300 mg de
iodo/ml. Venografia periférica: 200 mg de iodo/ml. Aortografia e arteriografia
visceral seletiva: 370 mg de iodo/ml. Angiocardiografia pediátrica: 370 mg de
iodo/ml. Urografia excretora (adultos e pediátrica) e tomografia
computadorizada: 250 a 300 mg de iodo/ml. Via intratecal: não superar 3g de iodo.
Proteger as soluções da luz.
Superdosagem.
Estima-se ser possível o aparecimento
de convulsões e alterações mentais. Tratamento: em todos os casos deve-se
proceder para manter as funções vitais.
Reações adversas.
Via intratecal: cefaleias, náuseas e
vômitos, tonturas, raramente hipotensão, hipertensão, hipertonia, sudorese,
vertigem, perda de apetite, neuralgia, dificuldade miccional, dor nas costas.
Em alguns casos convulsões, reações alérgicas ou idiossincráticas, irritação do
SNC (amnésia, hostilidade, diplopia, depressão, ansiedade). Via intravascular:
angina, hipotensão, taquicardia, parada cardíaca, vasodilatação, hematoma
cerebral, fibrilação ventricular, asma, edema laríngeo.
Precauções.
Não realizar desidratação
preparatória. A possibilidade de reações anafiláticas e idiossincráticas deve
ser levada em consideração e se deve contar com equipamentos adequados para
situações de emergência. Por não existirem provas conclusivas, recomenda-se não
usar em mulheres grávidas a menos que o benefício para a mãe supere o risco
potencial para o feto. Suspender a amamentação se a mãe receber o fármaco. As
crianças são um grupo inclinado a desenvolver efeitos adversos, especialmente
aquelas que sofrem de asma, sensibilidade a vários alérgenos, insuficiência cardíaca
congestiva, creatininemia > 1,5 ml/dl e as menores de 12 meses. O iopamidol
inibe a coagulação do sangue menos do que os meios de contraste iônicos; em
ocasiões observou-se tromboembolismo em pacientes que receberam meios de
contraste iônicos e não-iônicos, por isso, a administração de iopamidol deve
ser realizada de forma meticulosa para minimizar a possibilidade de processos
tromboembólicos. Usar com precaução em pacientes com alterações renais,
hepáticas, afetados por tirotoxicose ou mielomatose.
Interações.
Não administrar iopamidol misturado
com outros fármacos nem corticoides. Não administrar em pacientes que tenham
recebido pouco tempo atrás um agente de diagnóstico colecistográfico. Evitar
administrar em pacientes que recebem fármacos que diminuem o limiar convulsivo.
Contraindicações.
Hipersensibilidade ao iopamidol e aos
outros compostos iodados. Na administração intratecal, o iopamidol não deve ser
utilizado para mielografia em presença de bacteriemia local ou sistêmica;
repetição imediata da mielografia.