Ações terapêuticas.
Antiagregante plaquetário.
Propriedades.
O indobufeno é um antiinflamatório
não-esteroidal que inibe a produção de tromboxana A 2 plaquetária,
sem afetar a síntese de prostaciclina na parede vascular. Desta maneira, inibe
a agregação plaquetária induzida por ADP, colágeno, adrenalina, ácido
araquidônico ou ristocetina. Além disto, inibe a liberação dos fatores da
coagulação III e IV, -tromboglobulina e a formação de aldeído malônico. Após a
administração de uma dose de 100 a 200 mg, a inibição da agregação plaquetária
induzida por este fármaco alcança o seu nível máximo entre 2 e 4 quatro horas,
persistindo o efeito por mais de 12 horas. Portanto, o esquema terapêutico
ótimo é duas doses diárias. O indobufeno praticamente não altera o tempo de
coagulação e possui um efeito rapidamente reversível quando o tratamento é
suspendido. Administrado por via oral, é rapidamente absorvido 2 horas depois,
sendo sua meia-vida de 8 horas. O indobufeno liga-se em cerca de 99% às
proteínas plasmáticas, sendo eliminado principalmente por via renal na forma de
glicuronato: apenas uma parte mínima é eliminada inalterada.
Indicações.
Cardiopatia isquêmica (angina de peito
estável ou instável, pós-infarto), aterosclerose coronária, cirurgia vascular.
Enfermidades cerebrovasculares, ataque isquêmico transitório (AIT).
Arteriopatia periférica aterosclerótica ou diabética. Claudicação intermitente.
Posologia.
Via oral, 200-400 mg ao dia em duas
tomadas, a intervalos de 12 horas, após as refeições. Para tratamentos a longo
prazo e indivíduos com mais de 65 anos de idade, a dose de 200 mg/dia é a mais
adequada.
Superdosagem.
Caso ocorra a superdose, recomenda-se
instituir medidas de suporte gerais como lavagem gástrica e transfusão de
plaquetas, caso necessário.
Reações adversas.
Compreendem casos isolados de
transtornos gástricos, meteorismo, constipação, sangramento gengival e
epistaxe.
Precauções.
Recomenda-se controlar a glicemia em
pacientes diabéticos sob tratamento com hipoglicemiantes orais e indobufeno. Da
mesma forma, aconselha-se um controle estrito quanto ao uso de indobufeno
quando os pacientes estejam sendo tratados com outros fármacos, como os
anti-inflamatórios não-esteroidais, ou apresentem lesões do trato digestivo
anteriores em curso. Caso haja manifestação de transtornos gástricos como
pirose ou dor, aconselha-se reduzir a dose ou interromper temporariamente o
tratamento. Recomenda-se não administrar durante a gravidez, pois sua
inocuidade sobre o feto não foi comprovada, assim como tampouco durante a
amamentação.
Interações.
Até o momento, não foram registradas;
não obstante, em função de sua ação farmacológica, pode-se esperar sinergismo e
aumento da toxicidade com outros antiagregantes plaquetários,
anti-inflamatórios não-esteroidais e inibidores da coagulação.
Contraindicações.
Pacientes com enfermidades
hemorrágicas congênitas ou adquiridas. Hipersensibilidade ao fármaco.