Ações terapêuticas.
Inibidor da secreção de prolactina.
Propriedades.
Endocrinológicas: inibe a secreção de
prolactina do lobo anterior da hipófise sem afetar outros hormônios da
hipófise, exceto na acromegalia, na qual reduz os níveis aumentados do hormônio
de crescimento. Uma secreção elevada de prolactina fora do puerpério produz
galactorreia ou distúrbios do ciclo ovulatório e menstrual. Uma vez
administrada a droga, os níveis plasmáticos máximos são atingidos ao término de
1 a 3 horas. O efeito começa 1 a 2 horas após a ingestão, alcançando o máximo
ao redor de 5 horas e dura de 8 a 12 horas. É metabolizada no fígado. O fármaco
original e seus metabólitos são excretados pelo fígado e somente 6% pelos rins.
Em pacientes com dano hepático, a velocidade de eliminação pode ser retardada,
o que pode aumentar os níveis plasmáticos. Neurológicas: por sua atividade
dopaminérgica tem efeitos antiparkinsonianos. No mal de Parkinson, causado por
deficiência específica da dopamina nos locus niger e corpo estriado,
estimula os receptores dopaminérgicos, restabelecendo o equilíbrio neuroquímico
dentro do corpo estriado.
Indicações.
Transtornos do ciclo menstrual e
infertilidade feminina dependente da prolactina. Amenorreia, oligomenorreia.
Alteração da fase luteínica. Sintomas pré-menstruais. Prolactinomas.
Acromegalia. Inibição da lactação. Mastopatia fibrocística. Ovário policístico.
Todas as fases da moléstia idiopátia e pós-encefalítica de Parkinson.
Posologia.
Transtornos do ciclo menstrual,
infertilidade feminina: 1,25 mg, 2 a 3 vezes ao dia; pode-se aumentar a dose de
forma gradual até 2,5 mg, 2 a 3 vezes ao dia. O tratamento deverá ser mantido
até a normalização do ciclo menstrual ou restabelecimento da ovulação.
Prolactinomas: 1,25 mg 2 a 3 vezes ao dia. Acromegalia: 1,25 mg aumentando a
dose de forma gradual até 10 a 20 mg ao dia. Inibição da lactação: 2,5 mg duas
vezes ao dia durante 14 dias. Mastopatia benigna: 1,25 mg, 2 a 3 vezes ao dia,
com aumento da dose de forma gradual até 5 ou 7,5 mg ao dia. Mal de Parkinson:
iniciar o tratamento com uma dose baixa de 1,25 mg ao dia, durante a primeira
semana. O aumento da dose diária deve ser gradual; 1,25 mg ao dia cada semana.
Ao cabo de 6 a 8 semanas, pode-se alcançar uma resposta terapêutica, do
contrário, pode-se continuar aumentando a dose, 2,5 mg diários a cada semana.
Reações adversas.
Durante os primeiros dias de
tratamento podem aparecer náuseas, vertigens, fadiga ou vômitos. Pode ter um
efeito hipotensor. Com doses elevadas podem aparecer constipação, sonolência e
ocasionalmente confusão, excitação psicomotriz, alucinações, secura na boca e
cãibras nas pernas.
Precauções.
Não pode ser administrada no pós-parto
a mulheres com pressão sanguínea elevada, coronariopatias, sintomas coronários
ou antecedentes de distúrbios psíquicos graves, pois pode produzir hipertensão,
crises epilépticas ou ataques apoplégicos. Foram registradas ocasionalmente
hemorragias gastrintestinais, devendo-se, portanto, ter cuidado com pacientes
com úlcera péptica.
Interações.
A administração concomitante de
eritromicina pode aumentar os níveis plasmáticos de bromocriptina. Não é
recomendado o uso com alcaloides de esporões do centeio (ergometrina,
metilergometrina).
Contraindicações.
Hipersensibilidade à bromocriptina ou
a outros alcaloides de esporões do centeio. Toxemia gravídica, hipertensão no
pós-parto ou no puerpério.