Ações terapêuticas.
Imunoestimulante.
Propriedades.
O mecanismo de ação do pidotimode
ainda não é conhecido, porém é provável que estimule e regule a resposta
imunológica através dos linfócitos, principalmente linfócitos T. Exerce também
ação sobre os macrófagos, no sentido de estimular sua migração para o foco
infeccioso. Possui alta absorção por via digestória após sua administração
oral, distribui-se amplamente por todo o organismo e sua união a proteínas
plasmáticas é muito baixa. A ingestão juntamente com alimentos provoca retardo
na absorção e uma diminuição de sua biodisponibilidade a cerca de 50%. É
metabolizado em pequena proporção em nível hepático. Seus metabólitos não estão
identificados e a eliminação do composto inalterado é realizada principalmente
por via urinária e, em menor proporção, pelas fezes. Sua meia-vida é de
aproximadamente 4 horas.
Indicações.
Profilaxia contra infecções produzidas
por bactérias Gram-positivas e Gram-negativas. Tratamento da imunodeficiência
secundária e primária, com alteração da maturação dos linfócitos T, em infecções
do sistema respiratório.
Posologia.
Adultos: via oral, 800 mg duas vezes
ao dia, duas horas antes ou duas horas depois dos alimentos, durante 15 dias.
Idosos e crianças: via oral, 400 mg duas vezes ao dia, duas horas antes ou duas
horas depois dos alimentos, durante 15 dias. Caso seja administrado como medida
profilática contra infecções, recomenda-se o mesmo protocolo de administração,
porém durante um período de 60 dias.
Superdosagem.
Até o momento, não foram referidos
casos de superdosagem. Caso ocorram, deve realizar-se lavagem gástrica,
administração de carvão ativado e instituição de medidas de suporte.
Reações adversas.
Entre as principais reações adversas,
relata-se diarreia. Em estudos em animais e com altas doses observaram-se
sedação, ataxia, dispneia e cianose.
Precauções.
O pidotimode pode interferir com os
mecanismos relacionados com a produção da imunoglobulina E (IgE), como no caso
das síndromes hiper-IgE. Não administrar durante a gravidez, exceto se os
benefícios para a mãe superarem os possíveis riscos para o feto. Não provoca
nenhum efeito adverso de carcinogênese, tampouco foram observadas alterações
mutagênicas, teratogênicas ou sobre a fertilidade.
Interações.
Não interfere com o emprego de
antibióticos, nem altera os efeitos colaterais ocasionados por eles. Pode
interagir com os compostos que bloqueiam ou estimulam a atividade linfocitária,
tal como a timoestimulina.
Contraindicações.
Não são conhecidas.