Ações terapêuticas.
Cardiotônico.
Propriedades.
É um agente inotrópico não digitálico
com uma potência 10 a 30 vezes maior quando comparado com a anrinona e, além
disso, um vasodilatador com pouca atividade cronotrópica. A milrinona produz
relaxamento da musculatura lisa vascular arteriovenosa, levando a uma redução
da pré-carga e pós-carga. Incrementa a velocidade de condução
auriculoventricular e melhora a função diastólica do ventrículo. Seu mecanismo
de ação é devido à inibição da enzima fosfodiesterase III citoplasmática do
músculo cardíaco e do músculo liso vascular, que leva a um aumento nos níveis
celulares de AMPc (monofosfato de adenosina cíclico). Administra-se por via
intravenosa. Liga-se às proteínas em aproximadamente 70%, a meia-vida de
eliminação é de 2,3 a 2,7 horas, possui um volume de distribuição de 0,33 a
0,47 L/kg e um clearence total de 0,13 a 0,14 L/kg/h. Excreta-se pela urina em
forma inalterada (85%) ou como glicurônio de milrinona (15%).Após a
administração observa-se seu efeito a partir dos 5 a 15 minutos, incluindo um
incremento rápido do débito cardíaco, diminuição da pressão capilar pulmonar e
da resistência vascular periférica, sem que seja registrado um aumento
manifesto da frequência cardíaca nem do consumo de oxigênio por parte das
fibras miocárdicas.
Indicações.
Tratamento a curto prazo da
insuficiência cardíaca congestiva grave, exceto após um infarto de miocárdio.
Choque cardiogênico por falha de bomba.
Posologia.
As doses são expressas como lactato de
milrinona. Via intravenosa. Adultos: uma dose de ataque de 50 g/kg em infusão
lenta (10 minutos), seguida de uma infusão contínua de manutenção de 0,375 a
0,75 g/kg/minuto. A dose diária não deve ser superior a 1,13 mg/kg. A duração
do tratamento deve ser individualizada segundo as respostas hemodinâmicas e
clínicas.
Reações adversas.
Pode originar arritmias ventriculares
e supraventriculares, hipotensão, angina, trombocitopenia, cefaleia,
hipopotassemia, tremores, diarreia, precordialgia.
Precauções.
Pacientes com arritmias, fibrilação
auricular ou antecedentes hipotensivos devem ser cuidadosamente monitorados.
Administrar com precaução em pacientes com estenose subaórtica hipertrófica e
insuficiência renal. Por não existirem provas conclusivas, recomenda-se não
administrar em gestantes a menos que o benefício para a mãe supere o risco
potencial para o feto. A lactação deve ser suspensa se a mãe tomar esse
medicamento. Crianças: ainda não foram estabelecidas a segurança e a eficácia.
Administrar com precaução em pacientes hipersensíveis à anrinona.
Interações.
Anti-hipertensivos: sinergia
hipotensora com milrinona. É incompatível com furosemida devido à formação de
um precipitado.
Contraindicações.
Hipersensibilidade à milrinona. Doença
valvular aórtica, doença pulmonar grave, infarto agudo do miocárdio,
cardiomiopatia hipertrófica.