Ações terapêuticas.
Progestogênio. Antineoplásico.
Propriedades.
Os progestogênios aumentam a síntese
do RNA por interação à cromatina (DNA). As doses elevadas inibem a liberação do
hormônio luteinizante (LH) na pituitária anterior. O metabolismo é
principalmente hepático e elimina-se por via fecal.
Indicações.
Amenorreia. Hemorragia uterina
funcional devida ao desequilíbrio hormonal. É indicada, junto com estrogênios,
no tratamento da hipermenorreia e dos sintomas da menopausa. A forma parenteral
é indicada no tratamento do carcinoma metastático endometrial e do carcinoma
metastático renal. Anticoncepcional de ação sistêmica.
Posologia.
Adultos desequilíbrio hormonal: 5 a
10 mg/dia durante 5 a 10 dias. Hemorragia funcional: uterina, 5 a 10 mg/dia
durante 5 a 10 dias, com início no 16 ou 21 dia do ciclo menstrual. Ampolas,
adultos carcinoma de endométrio ou renal: via IM, 400 mg a 1 g e repetição da
dose com intervalos de uma semana.
Reações adversas.
Os progestogênios podem associar-se
com o aparecimento de tromboflebite, embolia pulmonar, doenças
cerebrovasculares e trombose retiniana. A administração contínua de
progesterona pode alterar o ciclo menstrual da paciente. São de incidência
menos frequente: visão dupla, cefaleia, perda repentina da coordenação,
dispneia, debilidade, alterações do apetite, cansaço ou debilidade não
habituais, náuseas, edema.
Precauções.
No caso de suspeita de gravidez, o
tratamento deverá ser suspenso. Seu uso não é recomendável durante os primeiros
4 meses de gravidez, dado que pode causar lesão ao feto. O uso não é
recomendável em mães no período de lactação, já que é excretado no leite
materno. Pode ser produzida hiperplasia gengival.
Interações.
Pode interferir nos efeitos da
bromocriptina ao produzir amenorréia ou galactorréia.
Contraindicações.
Carcinoma de mama ou dos órgãos
reprodutores, exceto em pacientes selecionados para tratamento paliativo.
Disfunção ou doença hepática. Suspeita de gravidez. Aborto não-detectado.
Antecedentes de tromboflebite, distúrbios tromboembólicos, hemorragia vaginal
anormal sem diagnóstico. A relação risco-benefício deverá ser avaliada na
presença de asma, insuficiência cardíaca, epilepsia, antecedentes de depressão
mental, disfunção renal, diabetes mellitus, antecedentes de gravidez ectópica.