Ações terapêuticas.
Antiespasmódico.
Propriedades.
É um agente
espasmolítico-musculotrópico de ação direta similar à papaverina, cujo efeito é
reduzir o tono da musculatura lisa gastrintestinal. Seu mecanismo de ação é
diretamente sobre as miofibrilas do músculo liso do trato digestivo, diminuindo
o tono e o peristaltismo, aliviando os espasmos e as cólicas gastrintestinais.
Diferentemente dos espasmolíticos neurotrópicos (atropina e similares), sua
ação terapêutica não é mediada pelo SNA colinérgico e, portanto, não produz efeitos
anticolinérgicos. Por esta razão, a mebeverina pode ser indicada como
espasmolítico (cólon irritável, diverticulose, gastrespasmo) em pacientes que
apresentam glaucoma ou hipertrofia prostática. Após sua administração por via
oral, é rapidamente absorvido pela mucosa do trato digestivo, apresentando
ampla capacidade de difusão visceral. É metabolizada no nível hepático,
sofrendo hidrólise a ácido verátrico e álcool mebeverina, que são por fim
eliminados pela urina.
Indicações.
Patologias espasmódicas do trato
gastrintestinal. Espasmos, cólicas, diverticulose, cólon espasmódico.
Posologia.
A dose média recomendada é de 200 mg,
duas vezes ao dia, após o café da manhã e após o lanche da tarde.
Superdosagem.
Não se conhece um antídoto específico.
Não obstante, em casos de superdose recomenda-se lavagem gástrica e tratamento
sintomático.
Reações adversas.
Ocasionalmente foram registrados
enjoos, cefaleias e reações cutâneas leves, que desaparecem com a suspensão do
tratamento.
Precauções.
Recomenda-se empregar com precaução em
pacientes que devam dirigir automóveis ou operar maquinaria complexa. Os
estudos realizados em animais não evidenciaram efeitos teratogênicos durante a
gravidez; não obstante, recomenda-se evitar seu uso durante o primeiro trimestre
da gravidez e no período de amamentação. Não é necessário modificar a dose em
pacientes idosos.
Contraindicações.
Hipersensibilidade ao fármaco. Não
administrar a menores de 12 anos.