Ações
terapêuticas.
Meio de
contraste radiológico.
Propriedades.
É um meio
de contraste radiológico hidrossolúvel de administração entérica, que é
utilizado para visualizar a vesícula e o trato biliar. Contém uma alta
proporção de iodo em sua molécula (66,68%). O ácido iopanoico é absorvido por
difusão passiva na mucosa gastrintestinal onde é favorecido pelo pH elevado,
assim como pelo incremento da solubilidade e da disponibilidade de ácidos
biliares. Ingressa na circulação sistêmica pela veia porta hepática, pela qual
chega ao fígado. A ligação à albumina é elevada, portanto sua eliminação ocorre
principalmente por via biliar. É metabolizada no fígado a glicurônidos que são
excretados ativamente nos dutos hepáticos e concentrados na vesícula biliar. O
tempo necessário para a máxima opacificação da vesícula biliar é de 14 a 19
horas, embora se costume obter boas imagens a partir das 5 ou 6 horas. A
relação eliminação renal: eliminação biliar é de 35:65 para o ácido iopanoico.
Apesar de a dose completa ser eliminada em uma semana, segue afetando as provas
de função tireoide durante tempo prolongado (até 1 ano).O ácido iopanoico é
utilizado em colecistografia oral.
Indicações.
Colescistografia
oral.
Posologia.
3 a 6 mg
com uma refeição sem gordura 14 horas antes da colecistografia. Com as doses
maiores podem ser obtidas imagens até 7 dias após a ingestão.
Superdosagem.
Apresenta-se
disfunção renal moderada, transitória, acompanhada por diarreia grave, náuseas,
vômitos intensos, sem que sejam registradas sequelas permanentes. Tratamento:
lavagem gástrica, ingestão abundante de líquidos, alcalinizar a urina,
administrar colestiramina, vigiar a pressão sanguínea.
Reações
adversas.
As
reações adversas severas são extremamente raras. Observam-se principalmente
náuseas (10%) e vômitos (1%). Pacientes com bócio multinodular têm sofrido
episódios de hipertireoidismo e tormenta tireoideana.
Precauções.
Em
pacientes com coronariopatias deve ser controlada a pressão sanguínea após a
sua administração. Por não existirem provas conclusivas, recomenda-se não usar
em mulheres grávidas a menos que o benefício para a mãe supere o risco potencial
para o feto. A amamentação deve ser suspensa.
Interações.
As
resinas (colestiramina) absorvem o ácido iopanoico, produzindo uma falha na
visualização; a colestiramina deve ser suspensa durante o tempo suficiente para
que seus restos sejam esvaziados do intestino delgado.
Contraindicações.
Falha
renal severa e doença hepatorrenal avançada. Transtornos gastrintestinais que
evitem sua absorção. Hipersensibilidade aos compostos iodados.