Ações terapêuticas.
Estimulante de colônias de
granulócitos.
Propriedades.
É o fator estimulante de colônias de
granulócitos recombinante humano (rHu-CSF), obtido de culturas de células de
ovário de hamster chinês. Trata-se de uma protéina glicosilada de 174
aminoácidos, de peso molecular de 20.000, estruturalmente idêntica ao CSF
natural humano. Este composto estimula a proliferação, a diferenciação e a
maturação das células granulocíticas; observou-se que aumenta o número de
neutrófilos no sangue de forma dose-dependente, promove a transformação das
células hematopoiéticas em neutrófilos maduros, aumenta sua vida média, aumenta
as atividades fagocitária e citotóxica, assim como a capacidade de produção de
outra citocina, a interferona-a. Exerce efeito sinérgico com a interleucina-3
sobre a formação de macrófagos e granulócitos (GM-CSF), para estimular a
formação de colônias destas células. Reduz a duração da neutropenia e a
severidade da infecção em pacientes com patologias não-mieloides submetidos a transplantes
de medula óssea ou tratamento com quimioterapia citotóxica.Sua administração
intravenosa ou subcutânea, em doses de 1 a 40 ml/kg por dia, produz aumento
significativo dos granulócitos em pacientes não-neutropênicos com tumores
sólidos ou linfomas. As funções dos neutrófilos também são estimuladas, pois o
fármaco aumenta a liberação de enzimas, a fagocitose e a ação bactericida
destas células, sugerindo que, nos pacientes não-neutropênicos, poderia
desempenhar papel importante, em combinação com outros fármacos, no tratamento
de infecções microbianas. A concentração plasmática após administração
subcutânea ou intravenosa é proporcional à dose; sua quantidade não aumenta
após administrações repetidas. Seu efeito sobre a contagem de neutrófilos é observado
dentro de 24 horas após a administração. O lenograstim é metabolizado
originando peptídeos; apenas uma pequena quantidade de fármaco não-metabolizado
aparece na urina.
Indicações.
Tratamento de pacientes que recebem
quimioterapia ou submetidos a transplante de medula óssea e da enfermidade de
depósito de glicogênio do tipo lb.
Posologia.
Transplante de medula óssea. Adultos e
crianças maiores de 2 anos. Infusão intravenosa de 5 mg/kg por dia cada 30
minutos, começando 5 dias depois do transplante de medula óssea, até ser obtida
contagem normal de neutrófilos, com um máximo de 28 dias consecutivos.
Tratamento com quimioterápicos. Adultos e crianças maiores de 2 anos: 5 mg/kg
por via subcutânea uma vez ao dia, a partir do dia seguinte ao da finalização
da quimioterapia, até obter contagem normal de neutrófilos, o que, em geral,
ocorre entre 8 a 14 dias após iniciado o tratamento. Esta dose equivale a 0,64
milhões de unidades internacionais (UI)/kg por dia ou a 150 mg (19,5 milhões de
UI) /m 2 por dia.
Reações adversas.
Os efeitos adversos observados são
diferentes graus de trombocitopenia e anemia, leucocitose, palpitações,
pericardite, parestesias, cefaleia, alopecia, náuseas, vômitos, anorexia,
diarreia, dor epigástrica, estomatites, dispnéia, dor no local da injeção
subcutânea, rash cutâneo, dores musculares e ósseas, febre e aumento da
incidência de infecções.
Precauções.
Administrar com precaução a pacientes
com patologia mieloide, doença hepática grave e pacientes que recebem altas
doses de quimioterápicos. Durante o tratamento com lenograstim, recomenda-se
realizar contagens de leucócitos duas vezes por semana. Não se recomenda usá-lo
em crianças menores de 2 anos. Não se aconselha administrar este medicamento a
pacientes com leucemias mielóides. Em animais o fármaco induz aumento do número
de abortos, diminuição do peso fetal e letalidade embrionária com altas doses.
Apesar de não terem sido realizados estudos em seres humanos, não se recomenda
seu uso em mulheres grávidas. Visto que estudos em ratas demonstraram que o
fármaco é eliminado no leite, é aconselhável evitar seu uso em mulheres durante
o período de amamentação.
Contraindicações.
Hipersensibilidade ou intolerância ao
lenograstim.