Ações terapêuticas.
Protetor do cristalino.
Propriedades.
Usada como monofosfato, a inosina
contribui, no nível ocular, com um dos elementos de síntese dos nucleóticos
implicados no metabolismo do cristalino, por meio de um sal que, em seu desdobramento,
proporciona energia para a síntese. Em estudos controlados, foi demonstrado,
com ajuda do sistema de enzimas purificadas, que o precursor biológico das
bases púricas é 5-monofosfato de inosina. A reação do ácido aspártico na
presença de trifosfato de guanosina (GTP) leva à formação de 5-monofosfato de
adenosina (AMP). A formação de 5-monofosfato de guanidina (GMP) é também obtida
a partir de 5-monofosfato de inosina. Dentro da célula, a molécula de
5-monofosfato de inosina forma-se a partir do 5-monofosfato de ribosina. Esta
síntese, que passa por 10 etapas intermediárias, requer pelo menos 5 moléculas
de ATP. A contribuição no nível do cristalino de 5-monofosfato de inosina, base
de formação dos diferentes nucleótidos púricos, permite uma importante economia
energética e ao mesmo tempo adiciona numerosos fatores que intervêm na
síntese.O monofosfato de inosina cumpre melhor sua tarefa quando se adicionam
ao meio o espartato, o glicerofosfato, o magnésio e a nicotinamida. O aspartato
cumpre um papel importante na síntese das bases púricas e pirimídicas. Por sua
fácil transformação em oxalacetato, por desaminação oxidativa ou por
transaminação, permite a incorporação de um eventual excesso da substância
citada no ciclo de Krebs, gerador de ATP e de energia. O íon Mg++
unido ao ácido aspártico é o fator indispensável de todas as sínteses
descritas. Por seu lado, o glicerofosfato, conhecido por sua capacidade de
atravessar as paredes mitocondriais, é capaz de limitar a atividade da via
oxidativa direta (via das pentoses) excessiva dentro do cristalino envelhecido
e permite o aumento de energia à razão de 2 moléculas de ATP por molécula de
glicerofosfato.
Indicações.
Tratamento das cataratas senis,
pré-senis, diabéticas, glaucomatosas ou traumáticas. Preventivo no
pós-operatório do glaucoma, em cataratas medicamentosas (por corticóides) e na
opacidade da cápsula posterior.
Posologia.
As gotas, com uma concentração a 1% de
monofosfato de inosina, devem ser aplicadas à razão de 1 a 2 gotas, 3 vezes ao
dia.
Precauções.
A solução deve ser mantida a
temperaturas não-maiores de 25C.