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CAPECITABINA


Ações terapêuticas.

Antineoplásico.
Propriedades.
Quimicamente é um carbamato fluoropirimidínico que, após administração oral, é biotransformado e origina 5-fluorouracil (5-FU). A formação do metabólito 5-FU ocorre nas células tumorais por ação da enzima timidina-fosforilase, fator angiogênico associado com o tumor: deste modo, é reduzida a exposição dos tecidos sadios à ação sistêmica do 5-FU quando comparada à administração direta do 5-FU. Em função da biotransformação da capecitabina em 5-FU são alcançadas concentrações significativamente mais altas deste metabólito nas células e tecidos tumorais do que nos tecidos normais. Após ingestão, a capecitabina atravessa a mucosa intestinal na forma de molécula intacta, é absorvida de forma extensa e rápida e sofre ampla conversão aos metabólitos 5-DFUR. A administração juntamente com alimentos diminui a velocidade de absorção da capecitabina, produzindo um redução muito discreta da área sob a curva (AUC) em gráficos de concentração versus tempo da 5-DFUR e de seu metabólito posterior, o 5-FU.Os estudos in vitro com plasma humano revelaram que a capecitabina, 5-DFCR e o 5-DFUR ligam-se em cerca de 54%, 10% e 62%, respectivamente, à proteína, especialmente à albumina. Em uma primeira etapa, a capecitabina é metabolizada pela carboxilesterase hepática a 5-DFCR, que se transforma posteriormente em 5- DFUR por efeito da citidina-desamina, localizada essencialmente no fígado e nos tecidos tumorais. Estes metabólitos são amplamente distribuídos aos diversos tecidos. Com a dose terapêutica recomendada, os valores plasmáticos médicos de AUC foram de 7,40 mg.h/ml para a capecitabina, de 5,21 mg.h/ml para o 5-DFCR, de 21,7 mg.h/ml para o 5-DFUR e de 1,63mg.h/ml para o 5-FU. A AUC do 5-FU é cerca de 10 vezes menor do que aquela conseguida após injeção IV rápida de 5-FU (dose de 600 mg/m 2). Com exceção do 5-FU, os demais metabólitos da capecitabina não possuem atividade citotóxica.As concentrações plasmáticas máximas de capecitabina, de 5-DFUR são alcançadas 2 horas (Tmáx) após a administração, diminuindo a seguir de modo exponencial, com um meia-vida de 0,7-1,14 horas. A -fluoro--alanina (FBAL), um catabólito do 5-FU, alcança concentração plasmática máxima (Tmáx) 3 horas após administração do fármaco, e possui meia-vida de 3-4 horas. Em sua maior extensão, a eliminação dos metabólitos é realizada por via urinária; 71% da dose é recuperada na urina, onde predomina o metabólito FBAL (52% da dose).
Indicações.
Câncer de mama avançado ou metastático, resistente à quimioterapia com paclitaxel e antraciclinas.
Posologia.
Dose recomendada: 2.500 mg/m 2 por dia durante 2 semanas, seguida de uma semana de descanso. A dose diária total de capecitabina por via oral deve ser fracionada em duas tomadas (manhã e noite), que deverão ser ingeridas dentro dos 30 minutos seguintes a uma refeição. Nos pacientes com insuficiência hepática leve ou moderada em função de metástases hepáticas não é necessário ajustar a dose. A capacitabina não foi avaliada em pacientes com insuficiência renal (definida como um valor de creatinina sérica superior a 1,5 vezes o limite superior da normalidade). Sua segurança e sua eficácia em crianças não foram estudadas. Pacientes idosos: não há necessidade de ajuste posológico.
Superdosagem.
O tratamento da superdose deve ser baseado em reidratação e no uso de diuréticos ou, em determinados casos, diálise.
Reações adversas.
As reações adversas relatadas têm sido as seguintes. Gastrintestinais: diarreia, náuseas, vômitos, dores abdominais e estomatites. Cutâneas: em cerca de metade dos pacientes observou-se a síndrome de eritrodisestesia palmo-plantar, caracterizada por diesestesias ou parestesias, sensação de formigamento, tumefação indolor ou dolorosa ou eritema, descamação, vesiculação ou dor intensa. Raramente ocorreu alopecia, porém nunca se apresentou com gravidade. Gerais: dispneia, mucosites, febre, astenia e letargia e anorexia. Neurológicas: cefaleia, parestesias, alterações do paladar, enjoos e insônia foram efeitos secundários frequentes, porém apenas raramente constituíram quadros graves. Cardiovasculares: edemas periféricos.
Precauções.
Não deve ser administrada durante a gestação. As mulheres em idade fértil devem ser alertadas para que evitem a gravidez durante o período em que estiverem fazendo uso da capecitabina. Não se sabe se a capecitabina passa para o leite materno. Dado que muitos medicamentos são eliminados no leite materno, é considerando o risco de reações adversas graves para os lactentes, recomenda-se interromper a amamentação durante o transcorrer do tratamento.
Interações.
A capecitabina foi administrada juntamente com diversos anti-histamínicos, anti-inflamatórios não-esteroidais, morfina, paracetamol, ácido acetilsalicílico, antieméticos e antagonistas H 2, sem registro de efeitos colaterais clinicamente significativos. Devido a sua baixa taxa de ligação a proteínas plasmáticas (54%), não se esperam interações com fármacos que se ligam a essas proteínas. Interação em nível de citocromo P-450: não foram estudados os efeitos sobre este sistema enzimático microssômico hepático.
Contraindicações.
Antecedentes de hipersensibilidade às fluoropirimidinas, ao fluorouracil e à capecitabina. 

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