Ações terapêuticas.
Vasodilator cerebral e periférico.
Propriedades.
Agonista dopaminérgico, o piribedil
estimula os receptores da dopamina e as vias dopaminérgicas cerebrais. A nível
do metabolismo cerebral, estimula a eletrogênese cortical, aumenta o consumo de
oxigênio, eleva a PO 2 tissular do córtex cerebral e aumenta o
aporte circulatório. Sobre os receptores dopaminérgicos periféricos, o
piribedil aumenta o débito femural, provavelmente pela inibição do tônus
simpático, efeito este não-antagonizado nem pela atropina nem pelos betabloqueadores.
O pico plasmático é atingido 1 hora após a dose inicial e a concentração
sanguínea decresce a seguir, com uma meia-vida de 1,7 a 6,9 horas. A eliminação
é essencialmente urinária; 68% são excretados por via renal e 25% são
eliminados pela bile.
Indicações.
Sintomas de déficit intelectual
patológico do idoso, como falta de atenção, memória etc. Claudicação
intermitente das arteriopatias crônicas obliterantes dos membros inferiores.
Doença de Parkinson, seja isoladamente ou em associação à dopa. Acidentes
isquêmicos retinianos. Sensações de confusão mental do idoso.
Posologia.
Na doença vascular periférica, 50 a 80
mg por dia e, nos casos severos, até 100 mg por dia, sempre em doses
fracionadas. Na monoterapia da doença de Parkinson, 150 a 250 mg ao dia,
divididos em 3 a 5 doses. No complemento da dopaterapia, 80 a 140 mg por dia,
em 3 a 5 doses.
Reações adversas.
Raramente observam-se náuseas,
vômitos, flatulências, que cessam com o ajuste da dose patológica individual.
Hipotensão postural e sonolência podem ocorrer em pessoas predispostas.
Precauções.
Nos hipertensos, o tratamento pelo
piribedil não dispensa em nenhum caso o tratamento anti-hipertensivo prévio. O
risco de teratogênese não é conhecido na espécie humana.
Interações.
Antagonistas dopaminérgicos.
Contraindicações.
Colapso cardiovascular. Infarto do
miocárdio em sua fase aguda.