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PIMOZIDA


Ações terapêuticas.

Antipsicótico.
Propriedades.
É um complemento sintético que pertence às difenilbutilpiperidinas. Essas estão relacionadas com as butirofenonas e, como elas, são neurolépticos-antipsicóticos de ação prolongada. A ação antipsicótica da pimozida deve-se ao bloqueio dos receptores dopaminérgicos D 2 nos neurônios do SNC (sistema límbico e corpo estriado). Além dos receptores D 2, outros são afetados, o que gera diferentes efeitos adicionais (bloqueio muscarínico, bloqueio alfa 1 adrenérgico, bloqueio H 1 histaminérgico) que podem ser terapêuticos ou adversos. Mais de 50% da dose oral de pimozida absorvem-se no intestino e depois são extensamente metabolizados no fígado, liberando os principais metabólitos, cuja atividade é desconhecida. Sua principal via de eliminação é o rim. A meia-vida de eliminação em pacientes esquizofrênicos é de 55 horas, apesar de existir uma grande diferença interindividual.
Indicações.
Em pacientes com síndrome de Gilles de la Tourette que não respondem ao tratamento habitual. Manutenção de psicóticos estabilizados, transtornos emergentes de pacientes no limite e personalidades esquizoides, paranóicas e obsessivo-compulsivas. Autismo infantil. Além disso, no alívio da psicopatologia da demência senil, coreia de Huntington, neuralgia pós-herpética e onicotilomania.
Posologia.
Iniciar com 1 mg ou 2 mg diários. Incrementar a cada dois dias. A dose habitual de manutenção geralmente é, no máximo, 0,2 mg/kg por dia.
Superdosagem.
Observam-se: anomalias eletrocardiográficas, reações extrapiramidais severas, hipotensão, estado comatoso com depressão respiratória. Tratamento: lavagem gástrica, assistência respiratória, administração de líquidos por via parenteral e vasopressores (exceto adrenalina). O paciente deve ser controlado pelo menos durante quatro dias.
Reações adversas.
Reações extrapiramidais, discinesia tardia, síndrome neuroléptica maligna, mudanças no eletrocardiograma, astenia, dor no peito, hipotensão postural, náusea, vômitos, tonturas, tremores, doença de Parkinson, sudorese, erupções, visão turva, cataratas, noctúria.
Precauções.
O tratamento com pimozida expõe o paciente a sérios riscos. Como outros neurolépticos, o paciente pode desenvolver um quadro de discinesia tardia potencialmente irreversível (risco maior nos idosos); síndrome neuroléptica maligna, potencialmente mortal, que se manifesta com hiper-reflexia, rigidez muscular, instabilidade autonômica e estado mental alterado; também ocorreram mortes súbitas, talvez causadas por algum efeito da pimozida sobre o coração. Em fêmeas de camundongos têm se observado um incremento do risco de aparição de tumores da pituitária, situação não observada em fêmeas de ratos.
Interações.
Fármacos que prolonguem o intervalo QT do eletrocardiograma (fenotiazinas, antidepressivos tricíclicos, antiarrítmicos).
Contraindicações.
No tratamento de cacoetes simples ou de cacoetes associados com a síndrome de Tourette. Depressão endógena, estados comatosos. Síndrome de Parkinson. Pacientes com prolongamento do intervalo QT do eletrocardiograma, seja congênito ou medicamentoso. Pacientes com arritmias cardíacas. Gravidez. 

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