Ações terapêuticas.
Uterotônico.
Propriedades.
A metilergonovina é um alcaloide do
ergot semissintético utilizado para o controle e a prevenção da hemorragia
pós-parto. Atua diretamente sobre o músculo liso uterino incrementando o tônus,
a frequência e a amplitude das contrações rítmicas, induzindo a um efeito
uterotônico tetânico rápido e mantido, que diminui o tempo da terceira etapa do
parto e a perda de sangue. Sua ação começa imediatamente após a administração
IV, é retardada de 2 a 5 minutos após a administração IM e de 5 a 10 minutos
após a administração oral. Os efeitos de uma dose única IV de 0,2 mg
prolongam-se por 2 ou 3 horas depois da administração. A eliminação é em parte
renal e em parte hepática. Desconhece-se se o fármaco atravessa a barreira
hematoencefálica.
Indicações.
No manejo de rotina, depois do parto
da placenta; na atonia pós-parto e na hemorragia pós-parto.
Posologia.
IM, IV: 0,2 mg depois da saída do
ombro anterior, da placenta ou durante o puerpério, repetindo-se a intervalos
de 2 a 4 horas (vide Precauções). Via oral: 0,2 mg, três a quatro por dia, sem
exceder o período de uma semana.
Superdosagem.
Sintomas: náuseas, vômitos, dor
abdominal, hipertensão (às vezes seguida de hipotensão), depressão
respiratória, hipotermia, convulsões e coma. Tratamento: lavagem gástrica,
manutenção da ventilação, medidas de suporte segundo os sintomas desenvolvidos.
Reações adversas.
Hipertensão, com tremores e dor de
cabeça. Foram informados casos de hipotensão, náuseas e vômitos. Taquicardia ou
bradicardia. Raramente: dor no peito transitória, dispneia, hematúria,
tromboflebite, alucinações, cãibras nas pernas, tonturas, congestão nasal,
palpitações e diarreias.
Precauções.
A metilergonovina não deve ser
administrada por via IV de forma rotineira, devido ao risco de acidente
cerebrovascular ou cerebral repentino, exceto em caso de extrema urgência. A
administração IV deve ser lenta, não levar menos de 60 segundos e ser realizada
com um cuidadoso monitoramento da pressão arterial. A metilergonovina pode ser
administrada via oral por no máximo uma semana no período pós-parto para
controle do sangramento uterino. A lactação pode ter início e ser continuada
durante este período, mas com precaução.
Interações.
Sinergismo com outros alcaloides do
ergot e vasoconstritores em geral.
Contraindicações.
Hipertensão grave, toxemia gravídica,
vasculopatia obliterante (diabética, arteriosclerótica), gravidez.
Hipersensibilidade ao fármaco.