Ações terapêuticas.
Anti-inflamátorio, analgésico,
antipirético.
Propriedades.
O sulindaco é um anti-inflamatório
não-esteroidal (AINE) derivado do indeno. Seu mecanismo de ação deve-se à
inibição da síntese de prostaglandinas mediada por seu metabólito sulfeto. Após
a administração oral, o sulindaco é absorvido em cerca de 90%, seu metabólito
ativo alcança o pico plasmático em 2 horas se o sulindaco é ingerido em jejum,
e em 4 horas se ingerido com alimentos. A meia-vida do metabólito sulfeto é de
16,4 horas e a do sulindaco é de 7,8 horas, valores que permitem implementar um
esquema terapêutico de 2 tomadas diárias. O sulindaco se comporta com uma
pró-droga que é eliminada especialmente pela urina como tal ou na forma de seu
metabólito sulfona (inativo) e, em menor proporção, pelas fezes como os
metabólitos sulfona e sulfeto.
Indicações.
Osteoartrite, artite reumatóide,
espondilite anquilosante, artrite gotosa aguda, ombro doloroso agudo.
Posologia.
400 mg/dia, em duas tomadas diárias.
Superdosagem.
Podem ser observados estupor, coma,
hipotensão. Tratamento: lavagem gástrica e suporte sintomático.
Reações adversas.
Dores abdominais, dispepsia, náuseas,
vômitos, diarreias, constipação, flatulência, anorexia, cólicas
gastrintestinais, prurido, erupções, enjoos, cefaleias, nervosismo, tinito,
edema.
Precauções.
Suspender o sulindaco caso se
manifestem sintomas de pancreatite ou alterações renais. Devido à falta de
estudos adequados, não se recomenda o uso de sulindaco na gravidez, durante a
amamentação e em crianças. Como outros AINE, existe risco de sangramento
gastrintestinal; assim, deve-se evitar seu uso em pacientes com transtornos
hemorrágicos e com úlcera péptica ativa. Monitorar o estado funcional hepático
em pacientes sob tratamentos crônicos.
Contraindicações.
Hipersensibilidade ao sulindaco.
Antecedentes de crises de asma, rinite, urticária, precipitados por ácido
acetilsalicílico ou outros AINE. Úlcera gastroduodenal, hemorragia digestiva,
gastropatias erosivas, síndrome diarréica.